04/03/2010 - 09h44
Terremoto no Chile
Tremor é um dos mais violentos já medidos
José Renato Salatiel*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Michelle Bachelet, presidente do Chile, visita moradia de emergência construída para abrigar vítimas
O terremoto de 8,8 graus de magnitude na escala Richter que atingiu o Chile às 3h36 da madrugada de 27 de fevereiro de 2010 é considerado a pior catástrofe natural do país nos últimos 50 anos e um dos cinco terremotos mais potentes desde o começo do século 20, de acordo com dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).
Direto ao ponto: Ficha-resumo
Os tremores de terra atingiram sete das 15 regiões do Chile, matando 800 pessoas, danificando mais de 500 mil imóveis, pontes e viadutos, e afetando cerca de 2 milhões de pessoas, o que corresponde a um oitavo da população de 16,6 milhões de habitantes.
O litoral chileno também foi devastado por tsunamis - ondas gigantes que se formam após um abalo sísmico.
O epicentro do terremoto foi localizado no mar, a 35 km de profundidade, na região de Male, que possui quase 1 milhão de habitantes. A maior parte das vítimas fatais morava nessa região, incluindo a capital, Talca.
Santiago, capital do Chile, localizada a 325 km de distância do epicentro, também foi atingida e o aeroporto internacional teve de ser fechado. O tremor foi sentido até no Brasil.
A cidade mais afetada foi Concepción, importante centro comercial e industrial do país, capital da segunda maior província chilena, Biobío, composta de 12 comunas (cidades), com quase 900 mil habitantes.
Em Concepción foram registradas mais de 100 mortes, além de danos na infraestrutura. Sem água, luz ou comida, os moradores saquearam e depredaram supermercados e entraram em conflito com a polícia. A desordem nas ruas levou o governo a decretar toque de recolher (ato que proíbe os habitantes de ficarem nas ruas após determinado horário). O procedimento não entrava em vigor desde o fim da ditadura militar chilena, em 1990.
Após o primeiro tremor, dezenas de outros abalos em escala menor - chamados réplicas - foram sentidos no Chile, a maior parte nas regiões de Maule e Biobío.
Outro efeito foi uma onda de 2,34 metros de altura que devastou a cidade litorânea de Talcahuano, na província de Concepción. O alerta de tsunami foi dado em outras ilhas do Pacífico.
Prejuízos
Estima-se que a tragédia tenha dado prejuízos da ordem de US$ 30 bilhões, ou quase 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do Chile, uma das maiores economias da América Latina.
O terremoto comprometeu estruturas agrícolas e industrias do país, entre elas a indústria mineradora. Aos poucos, as fábricas retornaram às atividades. O Chile é o maior exportador mundial de cobre.
A presidente Michelle Bachelet decretou "estado de catástrofe" nas regiões de Maule e Biobío, além de pedir ajuda à Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com a Constituição chilena, as regiões sob estado de catástrofe passam a ser dirigidas pelo chefe da Defesa Nacional, cargo indicado pelo presidente da República.
A medida também permite ao governo restringir a circulação de pessoas, mercadorias e informações, bem como adotar sanções em caráter extraordinário. O Poder Executivo é obrigado a informar ao Congresso, que poderá suspender a medida no prazo de 80 dias, desde que as razões que deram origem ao estado de catástrofe não existam mais.
Megaterremoto
O Chile tem um longo histórico de terremotos. Em 22 de maio de 1960, um tremor de magnitude 9,5 destruiu a cidade de Valdivia e matou 1.655 pessoas. Foi o maior terremoto já registrado na história desde a invenção de modernos instrumentos de sismologia, no começo do século 20.
O tremor também provocou um tsunami que atingiu a Ilha de Páscoa, a 3.700 km da costa chilena. As ondas chegaram até o Japão, Havaí e Filipinas. Desde 1973, ocorreram outros 13 terremotos de magnitude 7.0 ou maior.
Isso acontece porque o Chile está situado entre duas placas tectônicas: a Nazca, no Oceano Pacífico, e a Sul-Americana.
A crosta da Terra é formada por placas tectônicas separadas que deslizam lentamente sobre o manto terrestre. Esse movimento causa os terremotos. Os abalos sísmicos acontecem nas franjas entre duas placas, chamadas falhas. As placas deslizam em direções opostas, abrindo fendas, ou em movimentos verticais ou horizontais.
Terremotos de magnitude 8.0 são raros e acontecem em média uma vez ao ano. Eles são chamados de "megadeslizamentos" e acontecem quando uma placa tectônica se afunda sobre a outra.
O terremoto chileno não foi mais forte que o de Sumatra, na Indonésia, em 2004, que chegou à marca de 9.1 na escala Richter e foi mais destrutivo porque o tremor provocou um tsunami que matou 230 mil pessoas em 14 países. No Chile, o alerta de ondas gigantes, dado com antecedência, permitiu que a população litorânea nas ilhas do Pacífico fosse avisada, o que não ocorreu no caso de Sumatra, no Oceano Índico.
Haiti
O terremoto no Chile foi também 100 vezes mais potente que o ocorrido no Haiti, em 12 de janeiro de 2010, que registrou 7.0 graus na escala Richter e matou aproximadamente 230 mil pessoas.
Mas por que, mesmo menor, o evento provocou mais destruição no Haiti? Primeiro, pelo fato de o terremoto no Chile ter ocorrido no mar, a 35 km de profundidade, enquanto que o haitiano teve o epicentro a 10 km da superfície, bem debaixo de centros urbanos, e a 25 km da capital, Porto Príncipe.
Em segundo lugar, o Chile é um país preparado para lidar com terremotos. Localizado em um dos lugares do mundo mais propensos a atividade sísmica, com grandes tremores a intervalos regulares de dez anos, o Chile possui prédios construídos com tecnologia anti-sísmica.
Além disso, a população é orientada sobre o que fazer em caso de emergência e existem equipes preparadas para agir após o colapso. Já o Haiti não sofria uma catástrofe desse tipo há dois séculos.
Finalmente, há fatores socioeconômicos. O Haiti é um dos países mais pobres do mundo, enquanto o Chile é uma das nações mais desenvolvidas da América Latina.
Direto ao ponto
O terremoto de 8,8 graus de magnitude na escala Richter que atingiu o Chile às 3h36 da madrugada de 27 de fevereiro de 2010 foi o pior nos últimos 50 anos no país e um dos cinco mais potentes no mundo desde 1900.
Os tremores de terra atingiram sete das 15 regiões do Chile, matando 800 pessoas e danificando mais de 500 mil imóveis. Foram afetadas aproximadamente 2 milhões de pessoas, o que corresponde a um oitavo da população de 16,6 milhões de habitantes. O litoral chileno também foi devastado por tsunamis - ondas gigantes que se formam após um abalo sísmico.
O epicentro do terremoto foi localizado no mar, a 35 km de profundidade, na região de Male. Concepción, capital da província de Biobío, foi arrasada. Por conta de saques em supermercados, o governo chileno teve que decretar toque de recolher em Concepción.
A presidente Michelle Bachelet decretou "estado de catástrofe" nas regiões de Maule e Biobío e pediu ajuda à Organização das Nações Unidas (ONU).
FONTE: http://educacao.uol.com.br/atualidades/terremoto-chile.jhtm, ACESSO EM 11/11/2010.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
PRINCIPAIS CONFLITOS ÉTNICOS NA ATUALIDADE
Pessoal, a questão dos conflitos étnicos na atualidade tem grande relevância como tema de vestibular. Sendo assim, aconselho a todos a darem uma olhada no site abaixo, especificamente no item 5 do texto.
http://geografiaaovivo.blogspot.com/
http://geografiaaovivo.blogspot.com/
PARA QUEM NÃO VIU....
Conflitos étnicos ameaçam Copa do Mundo
Plantão | Publicada em 05/04/2010 às 15h35m
A África do Sul vive o temor de que o assassinato de um líder extremista branco faça estourar um novo conflito étnico no país. Morto por funcionários negros no sábado, Eugene Terre'blanche era um dos principais defensores do apartheid - movimento de segregação racial. De acordo com a polícia, Terre'blanche foi espancado até a morte pelos funcionários por problemas de salários. Os seguidores do extremista já prometem vingança e fizeram uma ameaça:
- Não enviem seus times de futebol para esta terra de assassinos, não façam isso se vocês não tiverem proteção suficiente para eles - disse Andre Visagie, também extremista, que considerou o crime uma declaração de guerra de negros contra brancos.
O partido deTerre'blanche promete vingança, enquanto o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, pede calma. Ele não quer ver provocações que alimentem o ódio racial no país às portas da Copa.
O líder da ala juvenil do partido no poder, Julius Malema, foi acusado de inflamar os negros com discursos e um cântico entoado na época do apartheid, que dizia "morte ao boer, morte ao fazendeiro". "Boer" é a forma que a população "afrikaner" branca é conhecida. O partido de Terre'blanche ligou o assassinato ao cântico.
Conflitos étnicos não passam de ameaças, mas a tensão racial já é evidente na África do Sul.
fonte: http://oglobo.globo.com/esportes/copa2010/mat/2010/04/05/conflitos-etnicos-ameacam-copa-do-mundo-916248026.asp, acesso em 8/11/2010
Plantão | Publicada em 05/04/2010 às 15h35m
A África do Sul vive o temor de que o assassinato de um líder extremista branco faça estourar um novo conflito étnico no país. Morto por funcionários negros no sábado, Eugene Terre'blanche era um dos principais defensores do apartheid - movimento de segregação racial. De acordo com a polícia, Terre'blanche foi espancado até a morte pelos funcionários por problemas de salários. Os seguidores do extremista já prometem vingança e fizeram uma ameaça:
- Não enviem seus times de futebol para esta terra de assassinos, não façam isso se vocês não tiverem proteção suficiente para eles - disse Andre Visagie, também extremista, que considerou o crime uma declaração de guerra de negros contra brancos.
O partido deTerre'blanche promete vingança, enquanto o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, pede calma. Ele não quer ver provocações que alimentem o ódio racial no país às portas da Copa.
O líder da ala juvenil do partido no poder, Julius Malema, foi acusado de inflamar os negros com discursos e um cântico entoado na época do apartheid, que dizia "morte ao boer, morte ao fazendeiro". "Boer" é a forma que a população "afrikaner" branca é conhecida. O partido de Terre'blanche ligou o assassinato ao cântico.
Conflitos étnicos não passam de ameaças, mas a tensão racial já é evidente na África do Sul.
fonte: http://oglobo.globo.com/esportes/copa2010/mat/2010/04/05/conflitos-etnicos-ameacam-copa-do-mundo-916248026.asp, acesso em 8/11/2010
CONFLITOS ÉTNICOS NA ÁFRICA
África: novos conflitos, novos personagens
21 de Junho de 2008 às 06h 00m · Ricardo · Arquivado sob Geral
Nelson Bacic Olic
Esses conflitos, classificados genericamente de étnicos e que eclodem periodicamente em países da África Subsaariana, têm como tônica o envolvimento de povos vizinhos, cujas características são mais ou menos diferentes. Alguns desses conflitos são esporádicos e duram alguns dias ou semanas, como tem acontecido na Nigéria. Outros, como na região da África Oriental (Planalto dos Grandes Lagos), no Sudão, na Somália, no Congo, mas também na África Ocidental (Libéria, Serra Leoa, Costa do Marfim), são bem mais graves e persistentes podendo durar vários anos e têm sido responsáveis por milhões de vítimas.
Na maior parte dos casos, os conflitos são internos, entre populações mais ou menos próximas, muitas vezes misturadas, como é o caso de tutsis e hutus em Ruanda e no Burundi. Todavia, tem sido cada vez mais comum que esses conflitos acabem envolvendo países vizinhos, como o que ocorreu recentemente na República Democrática do Congo (ex-Zaire) onde forças armadas de Ruanda, Uganda, Zimbabue e Angola não só tomaram partido das facções congolesas em luta, como acabaram se enfrentando em pleno território congolês.
A novidade dos conflitos recentes é que eles não são mais explicados apenas por razões geopolíticas de grande envergadura (tipo capitalismo x socialismo), como acontecia no tempo da Guerra Fria. Por outro lado, a ação de grupos fundamentalistas islâmicos, fenômeno que pode ser considerado de grande envergadura no início do século XXI , têm importância pequena ou quase nula no contexto geopolítico do centro-sul do continente. Vale ressaltar que na região da bacia do Congo e do Planalto dos Grandes Lagos, o número de muçulmanos é bem pouco expressivo e é justamente nessas regiões que os conflitos têm sido mais mortíferos e duradouros.
Não se pode também entender os conflitos da África Subsaariana sem se levar em conta a extrema diversidade étnica e lingüística da região e, sobretudo, não se deve esquecer que nessa parte do mundo o tráfico negreiro durou cerca de três séculos. Esse evento histórico deixou marcas profundas no relacionamento entre grupos “capturados” e “captores” que o tempo não tem conseguido apagar.
A multiplicação dos conflitos pode ser explicada também pelo crescimento demográfico dos diferentes grupos étnicos e pela necessidade de cada um deles em estender suas terras cultivadas para compensar os efeitos da degradação dos solos. A exacerbação dos conflitos entre hutus e tutsis em Ruanda resultou, parcialmente, da luta por terra férteis num pequeno país cuja densidade demográfica é de aproximadamente 300 habitantes por km2.
Ademais, a África Subsaariana tem sofrido, mais do que em outras partes, dos problemas ambientais inerentes ao mundo tropical, sobretudo porque as produções agrícolas se fazem principalmente sobre solos lateríticos pobres e frágeis. Na África, fora dos vales, os diferentes grupos étnicos que praticam a agricultura, cujos rendimentos declinam sistematicamente, se esforçam em estender seu território em detrimento dos grupos vizinhos.
Os recentes conflitos africanos ensejaram o surgimento ou realçaram a ação de novos e antigos personagens. Se durante a Guerra Fria as figuras mais importantes dos conflitos eram militares ou homens públicos, hoje seus papéis são, de maneira geral, secundários. Três personagens emblemáticos nos conflitos atuais merecem destaque: o senhor da guerra, a criança-soldado e o refugiado.
O senhor da guerra normalmente não pertence ao grupo que está no poder, mas é muito poderoso. Ele é ao mesmo tempo um combatente, um aproveitador sem escrúpulos e um traficante. Combatente, pois é líder de grupos armados. Suas vitórias lhe dão prestígio e seu interesse é prolongar o conflito pelo maior tempo possível.
Ele é também inescrupuloso porque se vale compulsoriamente dos recursos da população civil e, eventualmente, interfere ou impede a ação de organismos internacionais de ajuda humanitária. Como traficante, o senhor da guerra participa dos circuitos ilegais de comércio, facilitando o tráfico de drogas, armas e outros produtos como pedras preciosas. Para esse personagem as atividades militares e criminais estão intimamente ligadas. Um dos mais importantes senhores da guerra na África foi o líder da Unita, Jonas Savimbi, que durante quase três décadas dominou amplas áreas de Angola, até ser morto em combate em 2002.
Outro personagem dos conflitos atuais é a criança-soldado. Muitas vezes ela tem menos de dez anos e, embora não existam dados confiáveis a respeito, acredita-se que na África existiam pelo menos 200 mil delas. Seu “alistamento” quase sempre acontece de forma brutal. Após ter sido testemunha de atrocidades cometidas contra seus parentes, ela acaba sendo levada, “criada” e treinada pelos algozes de sua família. O desenvolvimento de armas cada vez mais leves pela indústria bélica tem facilitado a ação dessas crianças que, com certa freqüência, encaram os combates como se estivessem participando de uma brincadeira de “guerra”.
Já o refugiado não tem sexo ou idade; pode ser um homem, uma mulher, uma criança ou um idoso que foram obrigados a deixar o local onde viviam para escapar da guerra e de seu cortejo de horrores. Seu número aumentou consideravelmente nas últimas duas décadas. Uma parcela significativa deles é composta por refugiados internos, isto é, pessoas que saíram ou foram expulsas de seu local de origem, mas não atravessaram fronteiras internacionais.
Cerca de 30% dos refugiados do mundo atual encontram-se em solo africano, principalmente em duas áreas. Na África Ocidental, por conta dos conflitos em Serra Leoa, Libéria e Costa do Marfim e na porção centro-oriental do continente, num amplo arco norte-sul que se estende do Sudão, passa pela região “chifre” africano e envolve a região dos Grandes Lagos.
fonte: http://blog.controversia.com.br/2008/06/21/africa-novos-conflitos-novos-personagens/, acesso em 8/11/2010
21 de Junho de 2008 às 06h 00m · Ricardo · Arquivado sob Geral
Nelson Bacic Olic
Esses conflitos, classificados genericamente de étnicos e que eclodem periodicamente em países da África Subsaariana, têm como tônica o envolvimento de povos vizinhos, cujas características são mais ou menos diferentes. Alguns desses conflitos são esporádicos e duram alguns dias ou semanas, como tem acontecido na Nigéria. Outros, como na região da África Oriental (Planalto dos Grandes Lagos), no Sudão, na Somália, no Congo, mas também na África Ocidental (Libéria, Serra Leoa, Costa do Marfim), são bem mais graves e persistentes podendo durar vários anos e têm sido responsáveis por milhões de vítimas.
Na maior parte dos casos, os conflitos são internos, entre populações mais ou menos próximas, muitas vezes misturadas, como é o caso de tutsis e hutus em Ruanda e no Burundi. Todavia, tem sido cada vez mais comum que esses conflitos acabem envolvendo países vizinhos, como o que ocorreu recentemente na República Democrática do Congo (ex-Zaire) onde forças armadas de Ruanda, Uganda, Zimbabue e Angola não só tomaram partido das facções congolesas em luta, como acabaram se enfrentando em pleno território congolês.
A novidade dos conflitos recentes é que eles não são mais explicados apenas por razões geopolíticas de grande envergadura (tipo capitalismo x socialismo), como acontecia no tempo da Guerra Fria. Por outro lado, a ação de grupos fundamentalistas islâmicos, fenômeno que pode ser considerado de grande envergadura no início do século XXI , têm importância pequena ou quase nula no contexto geopolítico do centro-sul do continente. Vale ressaltar que na região da bacia do Congo e do Planalto dos Grandes Lagos, o número de muçulmanos é bem pouco expressivo e é justamente nessas regiões que os conflitos têm sido mais mortíferos e duradouros.
Não se pode também entender os conflitos da África Subsaariana sem se levar em conta a extrema diversidade étnica e lingüística da região e, sobretudo, não se deve esquecer que nessa parte do mundo o tráfico negreiro durou cerca de três séculos. Esse evento histórico deixou marcas profundas no relacionamento entre grupos “capturados” e “captores” que o tempo não tem conseguido apagar.
A multiplicação dos conflitos pode ser explicada também pelo crescimento demográfico dos diferentes grupos étnicos e pela necessidade de cada um deles em estender suas terras cultivadas para compensar os efeitos da degradação dos solos. A exacerbação dos conflitos entre hutus e tutsis em Ruanda resultou, parcialmente, da luta por terra férteis num pequeno país cuja densidade demográfica é de aproximadamente 300 habitantes por km2.
Ademais, a África Subsaariana tem sofrido, mais do que em outras partes, dos problemas ambientais inerentes ao mundo tropical, sobretudo porque as produções agrícolas se fazem principalmente sobre solos lateríticos pobres e frágeis. Na África, fora dos vales, os diferentes grupos étnicos que praticam a agricultura, cujos rendimentos declinam sistematicamente, se esforçam em estender seu território em detrimento dos grupos vizinhos.
Os recentes conflitos africanos ensejaram o surgimento ou realçaram a ação de novos e antigos personagens. Se durante a Guerra Fria as figuras mais importantes dos conflitos eram militares ou homens públicos, hoje seus papéis são, de maneira geral, secundários. Três personagens emblemáticos nos conflitos atuais merecem destaque: o senhor da guerra, a criança-soldado e o refugiado.
O senhor da guerra normalmente não pertence ao grupo que está no poder, mas é muito poderoso. Ele é ao mesmo tempo um combatente, um aproveitador sem escrúpulos e um traficante. Combatente, pois é líder de grupos armados. Suas vitórias lhe dão prestígio e seu interesse é prolongar o conflito pelo maior tempo possível.
Ele é também inescrupuloso porque se vale compulsoriamente dos recursos da população civil e, eventualmente, interfere ou impede a ação de organismos internacionais de ajuda humanitária. Como traficante, o senhor da guerra participa dos circuitos ilegais de comércio, facilitando o tráfico de drogas, armas e outros produtos como pedras preciosas. Para esse personagem as atividades militares e criminais estão intimamente ligadas. Um dos mais importantes senhores da guerra na África foi o líder da Unita, Jonas Savimbi, que durante quase três décadas dominou amplas áreas de Angola, até ser morto em combate em 2002.
Outro personagem dos conflitos atuais é a criança-soldado. Muitas vezes ela tem menos de dez anos e, embora não existam dados confiáveis a respeito, acredita-se que na África existiam pelo menos 200 mil delas. Seu “alistamento” quase sempre acontece de forma brutal. Após ter sido testemunha de atrocidades cometidas contra seus parentes, ela acaba sendo levada, “criada” e treinada pelos algozes de sua família. O desenvolvimento de armas cada vez mais leves pela indústria bélica tem facilitado a ação dessas crianças que, com certa freqüência, encaram os combates como se estivessem participando de uma brincadeira de “guerra”.
Já o refugiado não tem sexo ou idade; pode ser um homem, uma mulher, uma criança ou um idoso que foram obrigados a deixar o local onde viviam para escapar da guerra e de seu cortejo de horrores. Seu número aumentou consideravelmente nas últimas duas décadas. Uma parcela significativa deles é composta por refugiados internos, isto é, pessoas que saíram ou foram expulsas de seu local de origem, mas não atravessaram fronteiras internacionais.
Cerca de 30% dos refugiados do mundo atual encontram-se em solo africano, principalmente em duas áreas. Na África Ocidental, por conta dos conflitos em Serra Leoa, Libéria e Costa do Marfim e na porção centro-oriental do continente, num amplo arco norte-sul que se estende do Sudão, passa pela região “chifre” africano e envolve a região dos Grandes Lagos.
fonte: http://blog.controversia.com.br/2008/06/21/africa-novos-conflitos-novos-personagens/, acesso em 8/11/2010
APARTHEID - AFRICA DO SUL
O termo apartheid se refere a uma política racial implantada na África do Sul. De acordo com esse regime, a minoria branca, os únicos com direito de voto, detinham todo poder político e econômico no país, enquanto à imensa maioria negra restava a obrigação de obedecer rigorosamente a legislação separatista.
A política de segregação racial foi oficializada em 1948, com a chegada do Novo Partido Nacional (NNP) ao poder. O apartheid não permitia o acesso dos negros às urnas, além de não poderem adquirir terras na maior parte do país, obrigando os negros a viverem em zonas residenciais segregadas, uma espécie de confinamento geográfico. Casamentos e relações sexuais entre pessoas de diferentes etnias também eram proibidos.
A oposição ao apartheid teve início de forma mais intensa na década de 1950, quando o Congresso Nacional Africano (CNA), organização negra criada em 1912, lançou uma desobediência civil. Em 1960, a polícia matou 67 negros que participavam de uma manifestação. O Massacre de Sharpeville, como ficou conhecido, provocou protestos em diversas partes do mundo. Como consequência, a CNA foi declarada ilegal, seu líder, Nelson Mandela, foi preso em 1962 e condenado à prisão perpétua.
Com o fim do império português na África (1975) e a queda do governo de minoria branca na Rodésia, atual Zimbábue (1980), o domínio branco na África do Sul entrou em crise. Esses fatos intensificaram as manifestações populares contra o apartheid. A Organização das Nações Unidas (ONU) tentou dar fim à política praticada no país. O presidente Piter Botha promoveu reformas, mas manteve os principais aspectos do regime racista.
Com a posse de Frederick de Klerk na presidência, em 1989, ocorreram várias mudanças. Em 1990, Mandela foi libertado, e o CNA recuperou a legalidade. Klerk revogou as leis raciais e iniciou o diálogo com o CNA. Sua política foi legitimada por um plebiscito só para brancos, 1992, no qual 69% dos eleitores (brancos) votaram pelo fim do apartheid.
Klerk e Mandela ganharam o Prêmio Nobel da Paz em 1993. Em abril de 1994, Nelson Mandela foi eleito presidente da África do Sul nas primeiras eleições multirraciais do país.
O Parlamento aprovou a Lei de Direitos Sobre a Terra, restituindo propriedades às famílias negras atingidas pela lei de 1913, que destinou 87% do território à minoria branca.
As eleições parlamentares de 1999 foram vencidas pelo candidato indicado por Nelson Mandela, Thabo Mbeki, descartando qualquer tentativa de retorno a uma política segregacionista no país.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
domingo, 7 de novembro de 2010
EFEITOS LA NIÑA
Pouca chuva no Amazonas, por enquanto
terça-feira, 12 de outubro de 2010
O baixo nível das águas dos grandes rios que cortam o Amazonas é preocupante, ainda que outubro faça parte da época normal de seca no Estado. Na sexta-feira, 8 de outubro, o Serviço Geológico do Brasil constatou que o rio Solimões estava 60 centímetros abaixo do nível médio normal. A medição foi feita na régua que fica no porto do município de Tabatinga, a pouco mais de 1100 de Manaus. Neste ponto, a seca do Solimões já era pior do que a de 2005. Em 8 de outubro de 2005, a régua de Tabatinga mediu 54 centímetros abaixo do nível médio normal. Segundo o Serviço Geológico, a seca do Solimões observada este ano está entre as 15 mais graves da história das medições deste órgão governamental. No Amazonas, como em quase toda a Região Norte do Brasil, a população é quase que totalmente dependente da saúde dos rios, pois são usados para a alimentação, transporte e comunicação.
Pancadas de chuva têm ocorrido por quase todo o Amazonas nas últimas semanas, mas ainda são esporádicas, em pequenas áreas e em geral com pouco volume. Ou seja: chove, mas muito pouco para reverter o quadro de seca dos rios. Nesta época, alguns dias ainda são ensolarados e secos, sem chuva. Nos próximos dias, há condições para pancadas de chuva em todo o Amazonas, mas vão continuar sendo rápidas e em pequenas áreas;
Normalmente, a chuva no Amazonas volta a ser mais freqüente e volumosa no fim de novembro e especialmente em dezembro. Este ano o período chuvoso pode atrasar, por conta do fenômeno La Niña.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
O baixo nível das águas dos grandes rios que cortam o Amazonas é preocupante, ainda que outubro faça parte da época normal de seca no Estado. Na sexta-feira, 8 de outubro, o Serviço Geológico do Brasil constatou que o rio Solimões estava 60 centímetros abaixo do nível médio normal. A medição foi feita na régua que fica no porto do município de Tabatinga, a pouco mais de 1100 de Manaus. Neste ponto, a seca do Solimões já era pior do que a de 2005. Em 8 de outubro de 2005, a régua de Tabatinga mediu 54 centímetros abaixo do nível médio normal. Segundo o Serviço Geológico, a seca do Solimões observada este ano está entre as 15 mais graves da história das medições deste órgão governamental. No Amazonas, como em quase toda a Região Norte do Brasil, a população é quase que totalmente dependente da saúde dos rios, pois são usados para a alimentação, transporte e comunicação.
Pancadas de chuva têm ocorrido por quase todo o Amazonas nas últimas semanas, mas ainda são esporádicas, em pequenas áreas e em geral com pouco volume. Ou seja: chove, mas muito pouco para reverter o quadro de seca dos rios. Nesta época, alguns dias ainda são ensolarados e secos, sem chuva. Nos próximos dias, há condições para pancadas de chuva em todo o Amazonas, mas vão continuar sendo rápidas e em pequenas áreas;
Normalmente, a chuva no Amazonas volta a ser mais freqüente e volumosa no fim de novembro e especialmente em dezembro. Este ano o período chuvoso pode atrasar, por conta do fenômeno La Niña.
EL NIÑO E LA NIÑA
EL NIÑO E LA NIÑA
Ciência, Continente Americano - 09/05/2009
http://br.geocities.com/uel_climatologia/seminarioelninolanina.htm
Divaldo, Odair, Marcelo Braga e Carlos Eduardo
Objetivos: transmitir conceitos básicos sobre os fenômenos El Niño e La Niña.
1-O Fenômeno La niña
O fenômeno La Niña, que é oposto ao El Niño, corresponde ao resfriamento anômalo das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial Central e Oriental formando uma “piscina de águas frias” nesse oceano (a mancha de cor azul na figura abaixo). À semelhança do El Niño porém apresentando uma maior variabilidade do que este, trata-se de um fenômeno natural que produz fortes mudanças na dinâmica geral da atmosfera, alterando o comportamento climático. Nele, os ventos alísios mostram-se mais intensos que o habitual (média climatológica) e as águas mais frias, que caracterizam o fenômeno, estendem-se numa faixa de largura de cerca de 10 graus de latitude ao longo do equador desde a costa peruana até aproximadamente 180 graus de longitude no Pacífico Central. Observa-se, ainda, uma intensificação da pressão atmosférica no Pacífico Central e Oriental em relação à pressão no Pacífico Ocidental.
Em geral, um episódio La Niña começa a desenvolver-se em um certo ano, atinge sua intensidade máxima no final daquele ano, vindo a dissipar-se em meados do ano seguinte. Ele pode, no entanto, durar até dois anos.
Os episódios La Niña permitem, algumas vezes, a chegada de frentes frias até à Região Nordeste notadamente no litoral da Bahia, Sergipe e Alagoas.
A precipitação no Nordeste, com La Niña, tende a ser mais abundante no centro-sul do Maranhão e do Piauí nos meses de novembro a janeiro. Os episódios La Niña podem vir a favorecer a ocorrência de chuvas acima da média sobre o semi-árido do Nordeste se também é formado um Dipolo Térmico do Atlântico favorável, ou seja, com temperatura da superfície do mar acima da média no Atlântico Tropical Sul e abaixo da média no Atlântico Tropical Norte. Em geral, a circulação atmosférica tende a apresentar características de anos normais na presença de La Niña mas a distribuição de chuva, de fevereiro a maio, no semi-árido do Nordeste pode se caracterizar por uma elevada irregularidade espacial e temporal mesmo em anos de La Niña.
Tem-se registro de episódios La Niña nos seguintes anos: 1904/05, 1908/09, 1910/11, 1916/17, 1924/25, 1928/29, 1938/39, 1950/51, 1955/56, 1964/65, 1970/71, 1973/74, 1975/76, 1984/85, 1988/89 e 1995/96. Eles variam em intensidade. O episódio de 1988/89 foi, por exemplo, mais intenso do que o de 1995/96. O La Niña que se iniciou no final de 1998 seguiu o forte El Niño de 1997/98. Nem sempre, porém, um La Niña segue a um El Niño.
No intenso e mais recente episódio de La Niña ocorrido em 1988/89, o resfriamento das águas superficiais foi mais lento, ou seja, demorou dois meses para que a temperatura superficial do Pacífico diminuísse 3,5º C. Em 1998, o Pacífico Tropical também teve uma queda similar de temperatura, mas o resfriamento ocorreu em apenas um mês.
Durante os episódios de La Niña, os ventos alísios são mais intensos que a média climatológica. O Índice de Oscilação Sul (o indicador atmosférico que mede a diferença de pressão atmosférica à superfície, entre o Pacífico Ocidental e o Pacífico Oriental) apresenta valores positivos, os quais indicam a intensificação da pressão no Pacífico Central e Oriental, em relação à pressão no Pacífico Ocidental. Em geral, o episódio começa a se desenvolver em meados de um ano, atinge sua intensidade máxima no final daquele ano e dissipa-se em meados do ano seguinte.
2-Efeitos da La Niña no Brasil
No Brasil este fenômeno causa menos danos que o El Niño, porém alguns prejuízos são registrados em cada episódio. Como conseqüência da La Niña, as frentes frias que atingem o centro-sul do Brasil tem sua passagem mais rápida que o normal e com mais força. Como as frentes tem mais força a passagem pela região sul e sudeste é rápida não acumulando muita chuva e a frente consegue se deslocar até o nordeste. Sendo assim a região nordeste, principalmente o sertão e o litoral baiano e alagoano, são afetados por um aumento de chuvas o que pode ser bom para a região semi árida, mas causa grandes prejuízos a agricultura. O norte e leste da Amazônia também sofrem um grande aumento no índice pluviométrico.
Na região centro-sul há estiagem com grande queda no índice pluviométrico, principalmente nos meses de setembro a fevereiro e no outono as massas de ar polar chegam com mais força. Como conseqüência o inverno tende a chegar antes e já no outono grandes quedas de temperatura são registradas, principalmente na região sul e em São Paulo. No ultimo episódio La Niña em 1999 fortes massas de ar polar atingiram a região sul causando neve nas regiões serranas e geadas em toda a região já em abril. Para se ter uma idéia, normalmente em abril registra-se geadas apenas nas regiões serranas. Nevar é normal apenas após o mês de maio e no norte do Paraná as geadas só costumam ocorrem a partir de junho. Mas apesar de um mês de abril e maio frio, o inverno não foi tão frio quanto o esperado apresentando-se com temperaturas normais. Na região sudeste também o outono foi com temperaturas mais baixas.
De acordo com as avaliações das características de tempo e clima, de eventos de La Niña ocorridos no passado, observa-se que o La Niña mostra maior variabilidade, enquanto os eventos de El Niño apresentam um padrão mais consistente. Os principais efeitos de episódios do La Niña observados sobre o Brasil são:
• passagens rápidas de frentes frias sobre a Região Sul, com tendência de diminuição da precipitação nos meses de setembro a fevereiro, principalmente no Rio Grande do Sul, além do centro-nordeste da Argentina e Uruguai;
• temperaturas próximas da média climatológica ou ligeiramente abaixo da média sobre a Região Sudeste, durante o inverno;
• chegada das frentes frias até a Região Nordeste, principalmente no litoral da Bahia, Sergipe e Alagoas;
• tendência às chuvas abundantes no norte e leste da Amazônia;
• possibilidade de chuvas acima da média sobre a região semi-árida do Nordeste do Brasil. Essas chuvas só ocorrem, se simultaneamente ao La Niña, as condições atmosféricas e oceânicas sobre o Oceano Atlântico mostrarem-se favoráveis, isto é, com TSM acima da média no Atlântico Tropical Sul e abaixo da média no Atlântico Tropical Norte.
Em alguns lugares, como no Sul do Brasil, durante o forte evento de La Niña de 1988/89, a estação chuvosa de setembro a dezembro de 1988 teve um mês de muita seca, mas os demais meses da estação teve chuva normal, ou ligeiramente acima da média. Durante o episódio fraco de 1995/96, o esfriamento do Pacifico não foi tão intenso, mas o período chuvoso de setembro a dezembro de 1995, mostrou durante todos os meses, chuvas abaixo da normal climatológica.
Com relação à Amazônia, as vazões dos Rios Amazonas no posto de Óbidos e as cotas do Rio Negro, em Manaus, mostram valores maiores que a média durante os episódios de La Niña ocorridos em 1975/76 e 1988/89, comparados com valores mais baixos nos anos de El Niño, ocorridos em 1982/83 e 1986/87.
Durante o corrente ano de 1998, após a rápida desintensificação do fenômeno El Niño em maio e junho, observou-se um súbito resfriamento das águas do Pacífico Equatorial Central. Esse resfriamento continuou em julho, porém um novo episódio do fenômeno La Niña ainda não está totalmente caracterizado. As previsões indicam que todas as condições do La Niña acontecerão até o final deste ano: águas mais frias no Pacífico Equatorial Central e Oriental ao longo do Equador, ventos alísios mais fortes e intensificação da pressão atmosférica na parte oriental do oceano e enfraquecimento das pressões na porção ocidental.
Nos últimos 15 anos, foram apenas três ocasiões em que o La Niña foi sucedido pelo El Niño. O episódio intenso de El Niño de 1982/83 foi seguido de um evento fraco de La Niña em 1984/85, e um El Niño menos intenso, ocorrido em 1986/87, foi seguido de um forte La Niña em 1988/89, e o El Niño longo, mais fraco de 1991/94 foi seguido de em episódio fraco de La Niña em 1995/96.
Fonte: site do INPE,2003
El Niño e La Niña são oscilações normais, previsíveis das temperaturas da superfície do mar, nas quais o homem não pode interferir. São fenômenos naturais, variações normais do sistema climático da Terra, que existem há milhares de anos e continuarão existindo.
3-O Fenômeno Climático El Niño
O Fenômeno “El Niño” é o resultado de uma complexa interação entre o oceano e atmosfera, esse tem inicio no meio do oceano, a cerca de 10 mil km da costa do Peru.
O primeiro registro data de 1725, quando o aquecimento das águas do Pacifico prejudicou a atividade pesqueira do Peru e Equador, na época pensou que isso ocorria somente nas costas litorâneas dos dois paises. Isso porque de tempos em tempos, nas regiões banhadas pelas águas frias do Pacifico, costumava surgir correntes de águas quentes em dezembro, próximo a época do natal. É daí que se dá o nome de El Niño- onde que em espanhol significa menino em alusão à comemoração do nascimento de Jesus.
A partir da década de 1950, os pesquisadores começaram a desconfiar que o fenômeno teria abrangência muito mais ampla. Hoje, sabe-se que o El Niño é um fenômeno extremamente complexo, que envolve a interação entre as correntes oceânicas e atmosféricas e ocorre cerca de 50 vezes durante 20 anos, os cientistas conhecem a causa imediata do fenômeno, ou seja, o enfraquecimento dos ventos alísios (que normalmente de leste para oeste), que interfere no relacionamento das águas na área leste do Pacifico e no estacionamento das águas quentes a oeste. Uma das tentativas para explicar o fenômeno é a de que seria um mecanismo básico de transferência do calor dos trópicos para as regiões polares. E suas conseqüências alcançam escala planetária, provocando de secas no Nordeste Brasileiro a enchentes na Índia e Austrália.
Segundo os pesquisadores do INPE; “Explica-lo, porém, não é simples, porque estão envolvidas duas das mais incontroláveis forças naturais da Terra: os Oceanos e a Atmosfera”.
Devido ao maior volume de águas quentes na faixa equatorial do Pacifico, passa a ocorrer maior evaporação, que, por sua vez, provoca a elevação nos índices das chuvas nos paises da América do Sul. Logicamente, essa transformação repercute também no Brasil, causando aumento de chuvas no Sul e seca no Nordeste.
O El Niño chega a alterar a temperatura nas águas do Oceano Atlântico, modificando o ambiente na costa Brasileira. No Brasil, segundo os cientistas, é importante que as autoridades das cidades afetadas estejam em contato permanente com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) de Cachoeira Paulista, SP, acompanhando a evolução do fenômeno, para que sejam tomadas as medidas necessárias para enfrentar as catástrofes como as que se abateram sobre o vale do Itajaí, em Santa Catarina, e o semi-árido nordestino, em 1983, quando ainda não tinham como prever a evolução do fenômeno.
As Áreas no Brasil que são mais Atingidas pelo Fenômeno El Niño, estudos indicam que são três áreas: a região do semi-árido do Nordeste, o norte e o leste da Amazônia e o sul do Brasil. A região sul é afetada pelo aumento de chuvas; a região norte e o leste da Amazônia, assim como o Nordeste, apresentam uma diminuição das chuvas, principalmente entre fevereiro e maio, época no semi-árido. Finalmente no sudeste ocorrem temperaturas mais elevadas durante o inverno.
Com o atual conhecimento deste fenômeno, há tempo para elaborar planos de emergência para a desocupação das encostas, limpeza dos leitos dos rios e, até mesmo, evacuação das áreas que podem ser atingidas por chuvas.
4-Os Aspectos Positivos e Negativos que o El Niño causa na Economia
O El Niño não deve ser visto como um fenômeno malévolo e nem benéfico, pois é um fenômeno natural que tem ocorrido a milhares de anos. Há registros do El Niño desde que as pessoas começaram a colocar termômetros nos Oceanos para medir as temperaturas das águas. Mencionam-se entre as atividades beneficiadas pelo El Niño a redução nos números de furacões na costa leste dos Estados Unidos, as fortes chuvas nas regiões desérticas do Peru e do Chile e também no Sul do Brasil.
5-Os Efeitos do El Niño sobre a Atividade Pesqueira no Peru
A costa peruana é rica em peixes (em especial em anchovas, o mais importante produto de exportação do Peru) em decorrência da ressurgência, ou seja, da ascensão de águas frias que emergem de uma profundidade de centenas de metros, ricas em nutrientes que atraem os peixes para essa região. Em anos de El Niño intenso, não ocorre a ressurgência e a água da superfície permanece quente, os peixes buscam outras regiões para se alimentar, afetando drasticamente a economia do país.
6-Quais os meses em que o Fenômeno El Niño foi mais Intenso? E Qual o ano em que ele agiu com mais força?
Os El Niños mais catastróficos, os que apresentaram uma temperatura da superfície do mar -TSM mais elevada, foram os dos anos de 1972/1973 e 1982/1983 nos meses de outubro a janeiro. Os demais El Niños, menos calamitosos, apresentaram os picos de TSM em julho e outubro de 1986/1987 e abril e julho de 1993/1994.
7-Prejuízos Causados pelo EL Niño
Estima-se que o El Niño trouxe um prejuízo para a América do Sul, em cerca de US$ 3 bilhões de dólares no ano de 1982/1983. No total foram 600 mil pessoas que ficaram desabrigadas, além de 170 mortes diretamente causadas por esse evento. No sul do Brasil . o prejuízo foi estimado em US$ 800 milhões de dólares, cerca de de 5 milhões de toneladas de grãos foram perdidas no momento da colheita.
8-Bibliografia
Manual Dinâmico do Estudante. – São Paulo: Difusão Cultural do Livro, 1999.
Petti. Jean-Robert. Geografia: A natureza humanizada. Tradução de Luciana Veit. São Paulo. FTD, 1998.
http://www.inpe.com.br
Ciência, Continente Americano - 09/05/2009
http://br.geocities.com/uel_climatologia/seminarioelninolanina.htm
Divaldo, Odair, Marcelo Braga e Carlos Eduardo
Objetivos: transmitir conceitos básicos sobre os fenômenos El Niño e La Niña.
1-O Fenômeno La niña
O fenômeno La Niña, que é oposto ao El Niño, corresponde ao resfriamento anômalo das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial Central e Oriental formando uma “piscina de águas frias” nesse oceano (a mancha de cor azul na figura abaixo). À semelhança do El Niño porém apresentando uma maior variabilidade do que este, trata-se de um fenômeno natural que produz fortes mudanças na dinâmica geral da atmosfera, alterando o comportamento climático. Nele, os ventos alísios mostram-se mais intensos que o habitual (média climatológica) e as águas mais frias, que caracterizam o fenômeno, estendem-se numa faixa de largura de cerca de 10 graus de latitude ao longo do equador desde a costa peruana até aproximadamente 180 graus de longitude no Pacífico Central. Observa-se, ainda, uma intensificação da pressão atmosférica no Pacífico Central e Oriental em relação à pressão no Pacífico Ocidental.
Em geral, um episódio La Niña começa a desenvolver-se em um certo ano, atinge sua intensidade máxima no final daquele ano, vindo a dissipar-se em meados do ano seguinte. Ele pode, no entanto, durar até dois anos.
Os episódios La Niña permitem, algumas vezes, a chegada de frentes frias até à Região Nordeste notadamente no litoral da Bahia, Sergipe e Alagoas.
A precipitação no Nordeste, com La Niña, tende a ser mais abundante no centro-sul do Maranhão e do Piauí nos meses de novembro a janeiro. Os episódios La Niña podem vir a favorecer a ocorrência de chuvas acima da média sobre o semi-árido do Nordeste se também é formado um Dipolo Térmico do Atlântico favorável, ou seja, com temperatura da superfície do mar acima da média no Atlântico Tropical Sul e abaixo da média no Atlântico Tropical Norte. Em geral, a circulação atmosférica tende a apresentar características de anos normais na presença de La Niña mas a distribuição de chuva, de fevereiro a maio, no semi-árido do Nordeste pode se caracterizar por uma elevada irregularidade espacial e temporal mesmo em anos de La Niña.
Tem-se registro de episódios La Niña nos seguintes anos: 1904/05, 1908/09, 1910/11, 1916/17, 1924/25, 1928/29, 1938/39, 1950/51, 1955/56, 1964/65, 1970/71, 1973/74, 1975/76, 1984/85, 1988/89 e 1995/96. Eles variam em intensidade. O episódio de 1988/89 foi, por exemplo, mais intenso do que o de 1995/96. O La Niña que se iniciou no final de 1998 seguiu o forte El Niño de 1997/98. Nem sempre, porém, um La Niña segue a um El Niño.
No intenso e mais recente episódio de La Niña ocorrido em 1988/89, o resfriamento das águas superficiais foi mais lento, ou seja, demorou dois meses para que a temperatura superficial do Pacífico diminuísse 3,5º C. Em 1998, o Pacífico Tropical também teve uma queda similar de temperatura, mas o resfriamento ocorreu em apenas um mês.
Durante os episódios de La Niña, os ventos alísios são mais intensos que a média climatológica. O Índice de Oscilação Sul (o indicador atmosférico que mede a diferença de pressão atmosférica à superfície, entre o Pacífico Ocidental e o Pacífico Oriental) apresenta valores positivos, os quais indicam a intensificação da pressão no Pacífico Central e Oriental, em relação à pressão no Pacífico Ocidental. Em geral, o episódio começa a se desenvolver em meados de um ano, atinge sua intensidade máxima no final daquele ano e dissipa-se em meados do ano seguinte.
2-Efeitos da La Niña no Brasil
No Brasil este fenômeno causa menos danos que o El Niño, porém alguns prejuízos são registrados em cada episódio. Como conseqüência da La Niña, as frentes frias que atingem o centro-sul do Brasil tem sua passagem mais rápida que o normal e com mais força. Como as frentes tem mais força a passagem pela região sul e sudeste é rápida não acumulando muita chuva e a frente consegue se deslocar até o nordeste. Sendo assim a região nordeste, principalmente o sertão e o litoral baiano e alagoano, são afetados por um aumento de chuvas o que pode ser bom para a região semi árida, mas causa grandes prejuízos a agricultura. O norte e leste da Amazônia também sofrem um grande aumento no índice pluviométrico.
Na região centro-sul há estiagem com grande queda no índice pluviométrico, principalmente nos meses de setembro a fevereiro e no outono as massas de ar polar chegam com mais força. Como conseqüência o inverno tende a chegar antes e já no outono grandes quedas de temperatura são registradas, principalmente na região sul e em São Paulo. No ultimo episódio La Niña em 1999 fortes massas de ar polar atingiram a região sul causando neve nas regiões serranas e geadas em toda a região já em abril. Para se ter uma idéia, normalmente em abril registra-se geadas apenas nas regiões serranas. Nevar é normal apenas após o mês de maio e no norte do Paraná as geadas só costumam ocorrem a partir de junho. Mas apesar de um mês de abril e maio frio, o inverno não foi tão frio quanto o esperado apresentando-se com temperaturas normais. Na região sudeste também o outono foi com temperaturas mais baixas.
De acordo com as avaliações das características de tempo e clima, de eventos de La Niña ocorridos no passado, observa-se que o La Niña mostra maior variabilidade, enquanto os eventos de El Niño apresentam um padrão mais consistente. Os principais efeitos de episódios do La Niña observados sobre o Brasil são:
• passagens rápidas de frentes frias sobre a Região Sul, com tendência de diminuição da precipitação nos meses de setembro a fevereiro, principalmente no Rio Grande do Sul, além do centro-nordeste da Argentina e Uruguai;
• temperaturas próximas da média climatológica ou ligeiramente abaixo da média sobre a Região Sudeste, durante o inverno;
• chegada das frentes frias até a Região Nordeste, principalmente no litoral da Bahia, Sergipe e Alagoas;
• tendência às chuvas abundantes no norte e leste da Amazônia;
• possibilidade de chuvas acima da média sobre a região semi-árida do Nordeste do Brasil. Essas chuvas só ocorrem, se simultaneamente ao La Niña, as condições atmosféricas e oceânicas sobre o Oceano Atlântico mostrarem-se favoráveis, isto é, com TSM acima da média no Atlântico Tropical Sul e abaixo da média no Atlântico Tropical Norte.
Em alguns lugares, como no Sul do Brasil, durante o forte evento de La Niña de 1988/89, a estação chuvosa de setembro a dezembro de 1988 teve um mês de muita seca, mas os demais meses da estação teve chuva normal, ou ligeiramente acima da média. Durante o episódio fraco de 1995/96, o esfriamento do Pacifico não foi tão intenso, mas o período chuvoso de setembro a dezembro de 1995, mostrou durante todos os meses, chuvas abaixo da normal climatológica.
Com relação à Amazônia, as vazões dos Rios Amazonas no posto de Óbidos e as cotas do Rio Negro, em Manaus, mostram valores maiores que a média durante os episódios de La Niña ocorridos em 1975/76 e 1988/89, comparados com valores mais baixos nos anos de El Niño, ocorridos em 1982/83 e 1986/87.
Durante o corrente ano de 1998, após a rápida desintensificação do fenômeno El Niño em maio e junho, observou-se um súbito resfriamento das águas do Pacífico Equatorial Central. Esse resfriamento continuou em julho, porém um novo episódio do fenômeno La Niña ainda não está totalmente caracterizado. As previsões indicam que todas as condições do La Niña acontecerão até o final deste ano: águas mais frias no Pacífico Equatorial Central e Oriental ao longo do Equador, ventos alísios mais fortes e intensificação da pressão atmosférica na parte oriental do oceano e enfraquecimento das pressões na porção ocidental.
Nos últimos 15 anos, foram apenas três ocasiões em que o La Niña foi sucedido pelo El Niño. O episódio intenso de El Niño de 1982/83 foi seguido de um evento fraco de La Niña em 1984/85, e um El Niño menos intenso, ocorrido em 1986/87, foi seguido de um forte La Niña em 1988/89, e o El Niño longo, mais fraco de 1991/94 foi seguido de em episódio fraco de La Niña em 1995/96.
Fonte: site do INPE,2003
El Niño e La Niña são oscilações normais, previsíveis das temperaturas da superfície do mar, nas quais o homem não pode interferir. São fenômenos naturais, variações normais do sistema climático da Terra, que existem há milhares de anos e continuarão existindo.
3-O Fenômeno Climático El Niño
O Fenômeno “El Niño” é o resultado de uma complexa interação entre o oceano e atmosfera, esse tem inicio no meio do oceano, a cerca de 10 mil km da costa do Peru.
O primeiro registro data de 1725, quando o aquecimento das águas do Pacifico prejudicou a atividade pesqueira do Peru e Equador, na época pensou que isso ocorria somente nas costas litorâneas dos dois paises. Isso porque de tempos em tempos, nas regiões banhadas pelas águas frias do Pacifico, costumava surgir correntes de águas quentes em dezembro, próximo a época do natal. É daí que se dá o nome de El Niño- onde que em espanhol significa menino em alusão à comemoração do nascimento de Jesus.
A partir da década de 1950, os pesquisadores começaram a desconfiar que o fenômeno teria abrangência muito mais ampla. Hoje, sabe-se que o El Niño é um fenômeno extremamente complexo, que envolve a interação entre as correntes oceânicas e atmosféricas e ocorre cerca de 50 vezes durante 20 anos, os cientistas conhecem a causa imediata do fenômeno, ou seja, o enfraquecimento dos ventos alísios (que normalmente de leste para oeste), que interfere no relacionamento das águas na área leste do Pacifico e no estacionamento das águas quentes a oeste. Uma das tentativas para explicar o fenômeno é a de que seria um mecanismo básico de transferência do calor dos trópicos para as regiões polares. E suas conseqüências alcançam escala planetária, provocando de secas no Nordeste Brasileiro a enchentes na Índia e Austrália.
Segundo os pesquisadores do INPE; “Explica-lo, porém, não é simples, porque estão envolvidas duas das mais incontroláveis forças naturais da Terra: os Oceanos e a Atmosfera”.
Devido ao maior volume de águas quentes na faixa equatorial do Pacifico, passa a ocorrer maior evaporação, que, por sua vez, provoca a elevação nos índices das chuvas nos paises da América do Sul. Logicamente, essa transformação repercute também no Brasil, causando aumento de chuvas no Sul e seca no Nordeste.
O El Niño chega a alterar a temperatura nas águas do Oceano Atlântico, modificando o ambiente na costa Brasileira. No Brasil, segundo os cientistas, é importante que as autoridades das cidades afetadas estejam em contato permanente com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) de Cachoeira Paulista, SP, acompanhando a evolução do fenômeno, para que sejam tomadas as medidas necessárias para enfrentar as catástrofes como as que se abateram sobre o vale do Itajaí, em Santa Catarina, e o semi-árido nordestino, em 1983, quando ainda não tinham como prever a evolução do fenômeno.
As Áreas no Brasil que são mais Atingidas pelo Fenômeno El Niño, estudos indicam que são três áreas: a região do semi-árido do Nordeste, o norte e o leste da Amazônia e o sul do Brasil. A região sul é afetada pelo aumento de chuvas; a região norte e o leste da Amazônia, assim como o Nordeste, apresentam uma diminuição das chuvas, principalmente entre fevereiro e maio, época no semi-árido. Finalmente no sudeste ocorrem temperaturas mais elevadas durante o inverno.
Com o atual conhecimento deste fenômeno, há tempo para elaborar planos de emergência para a desocupação das encostas, limpeza dos leitos dos rios e, até mesmo, evacuação das áreas que podem ser atingidas por chuvas.
4-Os Aspectos Positivos e Negativos que o El Niño causa na Economia
O El Niño não deve ser visto como um fenômeno malévolo e nem benéfico, pois é um fenômeno natural que tem ocorrido a milhares de anos. Há registros do El Niño desde que as pessoas começaram a colocar termômetros nos Oceanos para medir as temperaturas das águas. Mencionam-se entre as atividades beneficiadas pelo El Niño a redução nos números de furacões na costa leste dos Estados Unidos, as fortes chuvas nas regiões desérticas do Peru e do Chile e também no Sul do Brasil.
5-Os Efeitos do El Niño sobre a Atividade Pesqueira no Peru
A costa peruana é rica em peixes (em especial em anchovas, o mais importante produto de exportação do Peru) em decorrência da ressurgência, ou seja, da ascensão de águas frias que emergem de uma profundidade de centenas de metros, ricas em nutrientes que atraem os peixes para essa região. Em anos de El Niño intenso, não ocorre a ressurgência e a água da superfície permanece quente, os peixes buscam outras regiões para se alimentar, afetando drasticamente a economia do país.
6-Quais os meses em que o Fenômeno El Niño foi mais Intenso? E Qual o ano em que ele agiu com mais força?
Os El Niños mais catastróficos, os que apresentaram uma temperatura da superfície do mar -TSM mais elevada, foram os dos anos de 1972/1973 e 1982/1983 nos meses de outubro a janeiro. Os demais El Niños, menos calamitosos, apresentaram os picos de TSM em julho e outubro de 1986/1987 e abril e julho de 1993/1994.
7-Prejuízos Causados pelo EL Niño
Estima-se que o El Niño trouxe um prejuízo para a América do Sul, em cerca de US$ 3 bilhões de dólares no ano de 1982/1983. No total foram 600 mil pessoas que ficaram desabrigadas, além de 170 mortes diretamente causadas por esse evento. No sul do Brasil . o prejuízo foi estimado em US$ 800 milhões de dólares, cerca de de 5 milhões de toneladas de grãos foram perdidas no momento da colheita.
8-Bibliografia
Manual Dinâmico do Estudante. – São Paulo: Difusão Cultural do Livro, 1999.
Petti. Jean-Robert. Geografia: A natureza humanizada. Tradução de Luciana Veit. São Paulo. FTD, 1998.
http://www.inpe.com.br
sábado, 6 de novembro de 2010
Brasilia: 40 anos
INTRODUÇÃO
No dia 21 de abril a cidade de Brasília completa 40 anos. A nova capital foi inaugurada em 1960, último ano do mandato do presidente Juscelino Kubitschek, que durante toda a campanha presidencial defendeu a criação da nova cidade, que passou a ser vista como símbolo da modernidade e principalmente de um novo Brasil.
A modernidade não estava apenas nas linhas das construções de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa no traçado da cidade, mas principalmente na idéia de desenvolvimento global que a nova cidade representava.
A HISTÓRIA
Durante o período colonial alguns já falavam na interiorização da capital, como os inconfidentes mineiros, que pretendiam fazer de São João del Rei a capital do país livre.
A primeira idéia concreta em relação a transferência da capital apareceu em 1823, com a proposta de José Bonifácio de Andrada e Silva, que inclusive sugeriu o nome de Brasília para a nova capital.
Com a proclamação da República nova Constituição foi elaborada e novamente a idéia foi debatida, sendo aprovado um dispositivo que determinava a realização de estudos para a construção da futura capital; porém, o processo e as verbas necessárias não saíram do papel. Durante o governo de Rodrigues Alves no início do século, o Rio de Janeiro, então capital, foi reurbanizado fortalecendo a tendência de manutenção pelos anos subsequentes. Após o movimento de 1930, a idéia foi retomada com a Grande Comissão Nacional de Revisão territorial e Localização da Capital, controlada pelo IBGE, porém este foi um período de crise e com o início do Estado Novo em 37 a idéia foi novamente "esquecida".
Após este período, a idéia voltou revigorada, aprovada na Constituição de 1946, que determinava que a nova capital fosse instalada no Planalto Central. Comissões de estudos foram formadas e o nome Brasília foi consagrado; em 1953 o presidente Vargas contrata uma empresa norte americana para fazer o levantamento aéreo da região escolhida no Planalto Central.
Juscelino Kubitschek
Candidato a presidência pela coligação PSD -- PTB, Juscelino em seu primeiro comício no interior de Goiás afirmou que construiria a nova capital. Com o slogam de "50 anos de progresso em 5 anos de governo" a modernização do país era o eixo do discurso do candidato e a nova capital não só encaixava-se perfeitamente nesse discurso, como passou a simbolizar a própria modernidade. Depois de eleito, JK assinou a Mensagem de Anápolis, lançando as bases para a criação da NOVACAP ( Cia Urbanizadora da Nova Capital) que iniciou os trabalhos a 3 de novembro de 1956, seguindo o projeto de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.
A inauguração, em 21 de abril de 1960, realizou-se com grande festa, foi coberta por jornalistas de diversos países e vista como início de uma Nova Era.
Desenvolvimentismo e Nacionalismo
Identificar a idéia de desenvolvimentismo no governo JK não é difícil. O desenvolvimento tradicional, que é a visão predominante, que significa na prática o aumento da produção industrial, a urbanização, enfim "as obras".
Durante esse período a taxa de crescimento real da economia foi de 7% ao ano, a produção industrial cresceu 100%. Todo esse desenvolvimento foi definido a partir do Plano de Metas, que priorizou a substituição de importações nos setores de bens de capitais e bens de consumo duráveis.
O Estado continuou a financiar grande parte das indústrias de base através de novas emissões de moedas ou de empréstimos externos. que pretendia um processo de integração com outros setores da vida nacional. Já o setor de bens de consumo desenvolveu-se a partir da internacionalização da economia e para isso utilizou-se a instrução 113 da SUMOC ( Superintendência da Moeda e do Crédito) que garantia a importação de máquinas e equipamentos no exterior, sem impostos, desde que os empresários estrangeiros tivessem sócio nacional.
Desta maneira realizou-se a abertura do mercado nacional para as grandes empresas estrangeiras, que passaram a investir maciçamente no Brasil, numa época onde havia disponibilidade de capitais devido a retração da indústria de guerra. Assim, os EUA e outras nações européias retomavam a expansão imperialista.
Apesar do crescimento da produção interna, cresceu também a dependência tecnológica, pois as empresas aqui instaladas continuavam a importar máquinas; e a dependência financeira fruto do maior endividamento e da remessa de lucros realizadas pelas multinacionais.
O crescimento urbano foi acompanhado pelo crescimento de uma "classe média", em grande parte vinculada ao setor de serviços, ampliando-se também o consumo. Com um volume menor de dinheiro em circulação, a inflação voltou a crescer e apesar dos investimentos públicos no setor de serviços, as cidades não estavam preparadas para o crescimento, pois atraíam milhares de homens que abandonavam o campo. A política para o setor agrária caracterizou-se pela manutenção do modelo tradicional. A concentração fundiária manteve-se e foi menos questionada, uma vez que toda a discussão econômica passou a basear-se no desenvolvimento industrial. Desta maneira, os financiamentos tradicionais garantiram a manutenção do latifúndio ao mesmo tempo em que a não existência de uma nova política para o campo garantia o afluxo constante de mão de obra barata para as cidades.
Um dos primeiros exemplos dessa inversão pode ser presenciado na própria construção de Brasília, onde o trabalhador, chamado então candango, torna-se uma figura peculiar, inclusive do ponto de vista cultural, homens de diversas regiões, principalmente do nordeste, trabalhadores braçais, unidos a partir do ideal de que constroem -- literalmente- o progresso.
A crise econômica manifestou-se com intensidade no final do governo JK, eliminando grande parte do ufanismo desenvolvimentista, fazendo com que o candidato oficial, o Marechal Lott saísse derrotado na disputa pela sucessão presidencial.
FONTE: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=16
No dia 21 de abril a cidade de Brasília completa 40 anos. A nova capital foi inaugurada em 1960, último ano do mandato do presidente Juscelino Kubitschek, que durante toda a campanha presidencial defendeu a criação da nova cidade, que passou a ser vista como símbolo da modernidade e principalmente de um novo Brasil.
A modernidade não estava apenas nas linhas das construções de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa no traçado da cidade, mas principalmente na idéia de desenvolvimento global que a nova cidade representava.
A HISTÓRIA
Durante o período colonial alguns já falavam na interiorização da capital, como os inconfidentes mineiros, que pretendiam fazer de São João del Rei a capital do país livre.
A primeira idéia concreta em relação a transferência da capital apareceu em 1823, com a proposta de José Bonifácio de Andrada e Silva, que inclusive sugeriu o nome de Brasília para a nova capital.
Com a proclamação da República nova Constituição foi elaborada e novamente a idéia foi debatida, sendo aprovado um dispositivo que determinava a realização de estudos para a construção da futura capital; porém, o processo e as verbas necessárias não saíram do papel. Durante o governo de Rodrigues Alves no início do século, o Rio de Janeiro, então capital, foi reurbanizado fortalecendo a tendência de manutenção pelos anos subsequentes. Após o movimento de 1930, a idéia foi retomada com a Grande Comissão Nacional de Revisão territorial e Localização da Capital, controlada pelo IBGE, porém este foi um período de crise e com o início do Estado Novo em 37 a idéia foi novamente "esquecida".
Após este período, a idéia voltou revigorada, aprovada na Constituição de 1946, que determinava que a nova capital fosse instalada no Planalto Central. Comissões de estudos foram formadas e o nome Brasília foi consagrado; em 1953 o presidente Vargas contrata uma empresa norte americana para fazer o levantamento aéreo da região escolhida no Planalto Central.
Juscelino Kubitschek
Candidato a presidência pela coligação PSD -- PTB, Juscelino em seu primeiro comício no interior de Goiás afirmou que construiria a nova capital. Com o slogam de "50 anos de progresso em 5 anos de governo" a modernização do país era o eixo do discurso do candidato e a nova capital não só encaixava-se perfeitamente nesse discurso, como passou a simbolizar a própria modernidade. Depois de eleito, JK assinou a Mensagem de Anápolis, lançando as bases para a criação da NOVACAP ( Cia Urbanizadora da Nova Capital) que iniciou os trabalhos a 3 de novembro de 1956, seguindo o projeto de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.
A inauguração, em 21 de abril de 1960, realizou-se com grande festa, foi coberta por jornalistas de diversos países e vista como início de uma Nova Era.
Desenvolvimentismo e Nacionalismo
Identificar a idéia de desenvolvimentismo no governo JK não é difícil. O desenvolvimento tradicional, que é a visão predominante, que significa na prática o aumento da produção industrial, a urbanização, enfim "as obras".
Durante esse período a taxa de crescimento real da economia foi de 7% ao ano, a produção industrial cresceu 100%. Todo esse desenvolvimento foi definido a partir do Plano de Metas, que priorizou a substituição de importações nos setores de bens de capitais e bens de consumo duráveis.
O Estado continuou a financiar grande parte das indústrias de base através de novas emissões de moedas ou de empréstimos externos. que pretendia um processo de integração com outros setores da vida nacional. Já o setor de bens de consumo desenvolveu-se a partir da internacionalização da economia e para isso utilizou-se a instrução 113 da SUMOC ( Superintendência da Moeda e do Crédito) que garantia a importação de máquinas e equipamentos no exterior, sem impostos, desde que os empresários estrangeiros tivessem sócio nacional.
Desta maneira realizou-se a abertura do mercado nacional para as grandes empresas estrangeiras, que passaram a investir maciçamente no Brasil, numa época onde havia disponibilidade de capitais devido a retração da indústria de guerra. Assim, os EUA e outras nações européias retomavam a expansão imperialista.
Apesar do crescimento da produção interna, cresceu também a dependência tecnológica, pois as empresas aqui instaladas continuavam a importar máquinas; e a dependência financeira fruto do maior endividamento e da remessa de lucros realizadas pelas multinacionais.
O crescimento urbano foi acompanhado pelo crescimento de uma "classe média", em grande parte vinculada ao setor de serviços, ampliando-se também o consumo. Com um volume menor de dinheiro em circulação, a inflação voltou a crescer e apesar dos investimentos públicos no setor de serviços, as cidades não estavam preparadas para o crescimento, pois atraíam milhares de homens que abandonavam o campo. A política para o setor agrária caracterizou-se pela manutenção do modelo tradicional. A concentração fundiária manteve-se e foi menos questionada, uma vez que toda a discussão econômica passou a basear-se no desenvolvimento industrial. Desta maneira, os financiamentos tradicionais garantiram a manutenção do latifúndio ao mesmo tempo em que a não existência de uma nova política para o campo garantia o afluxo constante de mão de obra barata para as cidades.
Um dos primeiros exemplos dessa inversão pode ser presenciado na própria construção de Brasília, onde o trabalhador, chamado então candango, torna-se uma figura peculiar, inclusive do ponto de vista cultural, homens de diversas regiões, principalmente do nordeste, trabalhadores braçais, unidos a partir do ideal de que constroem -- literalmente- o progresso.
A crise econômica manifestou-se com intensidade no final do governo JK, eliminando grande parte do ufanismo desenvolvimentista, fazendo com que o candidato oficial, o Marechal Lott saísse derrotado na disputa pela sucessão presidencial.
FONTE: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=16
Seca continua/La Niña vem aí
Ola pessoal acessem o site seguinte que é muito interessante, com chances de cair no
vestibular.
http://www.climatempo.com.br/destaques/tag/el-nino/
Abraços
vestibular.
http://www.climatempo.com.br/destaques/tag/el-nino/
Abraços
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
TERREMOTOS EM 2010
Dezessete grandes terremotos já
abalaram o mundo em 2010
Em pouco mais de quatro meses, pelo menos 17 grandes terremotos já foram registrados ao redor do mundo em 2010. Depois do abalo registrado nesta quarta-feira (14) na China, os principais tremores se concentraram nos continentes americano e asiático, mas na Europa também houve registro de um grande abalo sísmico. O R7 relembra as ocorrências e traz a lista dos maiores e mais fortes terremotos desde o início do ano.
12 de janeiro – Um tremor de 7,3 graus na escala Richter atinge o Haiti e destrói a capital Porto Príncipe. Foi o pior abalo nos últimos 200 anos no país da América Central. Cerca de 270 mil pessoas morreram e outro 1,5 milhão foi afetado, em um prejuízo financeiro estimado em US$ 7 bilhões. O país do Caribe já recebeu alguma ajuda financeira, mas as condições de vida para a população seguem dramáticas.
27 de fevereiro – Um terremoto de 8,8 graus deu origem a tsunamis e varreu o Chile, no maior tremor desde 1950. Aproximadamente quinhentas pessoas morreram e o Governo chileno teve de arcar com um prejuízo de cerca de US$ 30 bilhões, a maior parte na área residencial, de infraestrutura e industrial.
28 de fevereiro – Um novo abalo de 6,2 graus voltou a atingir o Chile e causou ainda mais pânico entre a população.
4 de março – Um terremoto de 6,3 graus atingiu o norte do Chile, no terceiro grande tremor em menos de uma semana sentido no país.
4 de março – No mesmo dia em que tremores agitaram o Chile, a ilha de Taiwan sofreu um abalo de 6,4 graus na escala Richter.
5 de março – Um forte tremor de 6,6 graus voltou a atingir o Chile, sendo o sétimo acima de 5 graus de magnitude a ser sentido em 12 horas no país sul-americano.
6 de março – A Indonésia foi atingida por um terremoto de 7,1 graus no sudoeste da ilha de Sumatra.
8 de março – Um abalo de 6 graus atinge a Província de Elazig, na Turquia, matando pelo menos 38 pessoas e ferindo dezenas de outras.
11 de março – Três terremotos na casa dos 7,2 graus na escala Richter voltaram a atingir o Chile em menos de 25 minutos entre o primeiro e o último.
14 de março – Um tremor de magnitude 6,6 foi sentido no Japão, mas sem registro de tsunami. O epicentro foi registrado dentro do mar, mas foi sentido até na capital Tóquio.
14 de março – No mesmo dia, um terremoto de 7 graus atingiu a Indonésia, mas sem danos materiais.
15 de março – Um novo tremor de 6,7 graus foi sentido em Concepcion, no Chile, deixando parte da população do país no escuro.
25 de março – A capital das Filipinas, Manila, foi atingida por um tremor de 6,2 graus na escala Richter.
26 de março – Tremor de 6,2 graus atinge mais uma vez o Chile.
28 de março – Abalo de magnitude 6,1 é registrado no Chile.
30 de março – Um forte terremoro atingiu o mar de Andamão, no oceano Índico, ao sul de Myanmar. Não houve alerta de tsunami.
4 de abril – Um abalo sísmico de 7,2 atingiu o México e causou pânico na população, matando ainda pelo menos uma pessoa na cidade de Mexicali. O tremor foi sentido também nos Estados Unidos.
FONTE: http://www.lideranca.org/cgi-bin/index.cgi?action=forum&board=atualidades&op=display&num=6173
OS TERREMOTOS SÃO CAUSADOS PELO MOVIMENTO DAS PLACAS TECTONICAS
FONTE: http://media.photobucket.com/image/PLACAS+TECTONICAS/ShinIori319/Blogger/placas-tectonicas.jpg
VEJAM TAMBEM OS SITES:
http://noticias.uol.com.br/especiais/terremoto-no-chile/ultimas-noticias/2010/03/01/2010-ja-e-segundo-pior-ano-da-decada-em-numero-de-mortes-por-terremotos-no-mundo.jhtm
http://noticias.r7.com/internacional/noticias/especialista-explica-a-causa-do-terremoto-no-haiti-20100113.html
http://www.vulcanoticias.hpg.com.br/tectoplacas5.html
abalaram o mundo em 2010
Em pouco mais de quatro meses, pelo menos 17 grandes terremotos já foram registrados ao redor do mundo em 2010. Depois do abalo registrado nesta quarta-feira (14) na China, os principais tremores se concentraram nos continentes americano e asiático, mas na Europa também houve registro de um grande abalo sísmico. O R7 relembra as ocorrências e traz a lista dos maiores e mais fortes terremotos desde o início do ano.
12 de janeiro – Um tremor de 7,3 graus na escala Richter atinge o Haiti e destrói a capital Porto Príncipe. Foi o pior abalo nos últimos 200 anos no país da América Central. Cerca de 270 mil pessoas morreram e outro 1,5 milhão foi afetado, em um prejuízo financeiro estimado em US$ 7 bilhões. O país do Caribe já recebeu alguma ajuda financeira, mas as condições de vida para a população seguem dramáticas.
27 de fevereiro – Um terremoto de 8,8 graus deu origem a tsunamis e varreu o Chile, no maior tremor desde 1950. Aproximadamente quinhentas pessoas morreram e o Governo chileno teve de arcar com um prejuízo de cerca de US$ 30 bilhões, a maior parte na área residencial, de infraestrutura e industrial.
28 de fevereiro – Um novo abalo de 6,2 graus voltou a atingir o Chile e causou ainda mais pânico entre a população.
4 de março – Um terremoto de 6,3 graus atingiu o norte do Chile, no terceiro grande tremor em menos de uma semana sentido no país.
4 de março – No mesmo dia em que tremores agitaram o Chile, a ilha de Taiwan sofreu um abalo de 6,4 graus na escala Richter.
5 de março – Um forte tremor de 6,6 graus voltou a atingir o Chile, sendo o sétimo acima de 5 graus de magnitude a ser sentido em 12 horas no país sul-americano.
6 de março – A Indonésia foi atingida por um terremoto de 7,1 graus no sudoeste da ilha de Sumatra.
8 de março – Um abalo de 6 graus atinge a Província de Elazig, na Turquia, matando pelo menos 38 pessoas e ferindo dezenas de outras.
11 de março – Três terremotos na casa dos 7,2 graus na escala Richter voltaram a atingir o Chile em menos de 25 minutos entre o primeiro e o último.
14 de março – Um tremor de magnitude 6,6 foi sentido no Japão, mas sem registro de tsunami. O epicentro foi registrado dentro do mar, mas foi sentido até na capital Tóquio.
14 de março – No mesmo dia, um terremoto de 7 graus atingiu a Indonésia, mas sem danos materiais.
15 de março – Um novo tremor de 6,7 graus foi sentido em Concepcion, no Chile, deixando parte da população do país no escuro.
25 de março – A capital das Filipinas, Manila, foi atingida por um tremor de 6,2 graus na escala Richter.
26 de março – Tremor de 6,2 graus atinge mais uma vez o Chile.
28 de março – Abalo de magnitude 6,1 é registrado no Chile.
30 de março – Um forte terremoro atingiu o mar de Andamão, no oceano Índico, ao sul de Myanmar. Não houve alerta de tsunami.
4 de abril – Um abalo sísmico de 7,2 atingiu o México e causou pânico na população, matando ainda pelo menos uma pessoa na cidade de Mexicali. O tremor foi sentido também nos Estados Unidos.
FONTE: http://www.lideranca.org/cgi-bin/index.cgi?action=forum&board=atualidades&op=display&num=6173
OS TERREMOTOS SÃO CAUSADOS PELO MOVIMENTO DAS PLACAS TECTONICAS
FONTE: http://media.photobucket.com/image/PLACAS+TECTONICAS/ShinIori319/Blogger/placas-tectonicas.jpg
VEJAM TAMBEM OS SITES:
http://noticias.uol.com.br/especiais/terremoto-no-chile/ultimas-noticias/2010/03/01/2010-ja-e-segundo-pior-ano-da-decada-em-numero-de-mortes-por-terremotos-no-mundo.jhtm
http://noticias.r7.com/internacional/noticias/especialista-explica-a-causa-do-terremoto-no-haiti-20100113.html
http://www.vulcanoticias.hpg.com.br/tectoplacas5.html
FUSOS HORARIOS
FUSOS HORÁRIOS
Para determinar o fuso horário foi utilizado como referência o movimento de rotação da Terra e o fato desta ser uma esfera, uma circunferência. Desse modo, considerando que a Terra demora 24h para realizar uma rotação completa em torno do seu eixo é possível dividi-la em 24 faixas representando cada hora do dia. Essas faixas são chamadas de fuso e cada fuso é definido por um meridiano.
Assim, os fusos são faixas definidas por meridianos onde se pode considerar a mesma hora oficial.
Lembrando ainda que a Terra é uma circunferência e por isso tem 360º ao todo, quando se divide o valor da sua circunferência pelas 24h de rotação completa tem-se que cada fuso abrange 15º.
Isso quer dizer que a cada hora que a Terra avança em seu movimento de rotação equivale a 15º de longitude.
Cada fuso é definido por um meridiano múltiplo de 15º, assim, 15º, 30º, 45º...180º. Esses meridianos não são o limite entre um fuso e outro, mas são o meio de um fuso. A partir de um fuso múltiplo de 15º, toma-se 7º30’ para leste e 7º30’ para oeste para então ter um fuso horário. (ver figura 4).
À leste do meridiano de Greenwich acrescenta-se uma hora, à oeste diminui-se uma hora. Essa contagem foi assim determinada a partir da rotação da Terra que é de oeste para leste, se vista de cima do Pólo Norte faz o movimento horário, mas se vista de cima do Pólo Sul faz movimento anti-horário. Mas é sempre de oeste para leste. Sendo assim o Sol nasce primeiro no leste, onde o dia começa primeiro, por isso diminuímos as horas para oeste e aumentamos para leste.
A passagem oficial do dia definida pela linha da Data é marcada pelo anti-meridiano de Greenwich (longitude 180º), que define os fusos (+) 12 e (-) 12, que é onde o dia terrestre começa oficialmente.
FUSO HORÁRIO: LIMITE TEÓRICO E LIMITE PRÁTICO
Os fusos horários não são seguidos rigorosamente, pois se fossem teríamos uma mesma cidade, região ou bairro com dois fusos horários diferentes. Como entraríamos num acordo para entrar no trabalho, por exemplo.
Devido a problemas como este, além de facilitar a comunicação regional ou mesmo mundial, os países foram criando fusos horários diferentes do limite teórico (comandado pelo Sol).
O Brasil por ser um país de grandes extensões possui 4 fusos horários teóricos, no entanto por questões políticas e sociais atualmente temos como limite prático apenas 3 fusos horários. Na figura 5 abaixo podemos observar como seria se o limite teórico fosse seguido e como era o limite prático antes da diminuição de um fuso horário pelo governo Lula no ano de 2006.
Segue os diferentes porquês apresentados para justificar a mudança de fuso horário no Brasil (preste atenção na origem de cada notícia):
Mudança no fuso horário de três estados entra em vigor em 60 dias
25/04/08 - 08h40 - Atualizado em 25/04/08 - 08h43 - do G1, em Brasília, com informações da TV Globo
Acre e Amazonas terão diferença de apenas uma hora em relação a Brasília.
Pará terá o mesmo horário da capital federal.
Senado reduz fuso horário do Acre em uma hora
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, sem vetos, o projeto de lei que reduz o fuso horário do Acre e de parte dos estados do Amazonas e do Pará.
Com a sanção, que aconteceu na quinta-feira (24), a diferença do horário do Acre em relação ao horário oficial de Brasília cairá de duas para apenas uma hora.
O estado do Amazonas, que tinha seis municípios com duas horas de diferença para Brasília, ficará todo com uma hora a menos em relação à capital. Já o estado do Pará ficará todo com o mesmo fuso horário de Brasília. Antes da mudança, parte do estado tinha uma hora a menos em relação à capital.
Um dos objetivos do projeto é permitir maior integração com o sistema financeiro do país, facilitar as comunicações e o transporte aéreo. O projeto é do senador Tião Viana (PT-AC). A lei, que foi publicada nesta sexta (25) no Diário Oficial da União, entrará em vigor em sessenta dias.
Os outros motivos da mudança de fuso horário no Brasil
24/06/08 - http://www.fotolog.com.br/planetadiario
Senado aprova novo fuso horário para Região Norte
Organizações Globo radicalizam ofensiva contra medida prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e investe pesado para igualar o fuso do Pará ao de Brasília e o do Acre e de parte do Amazonas ao do restante da Região Norte.Organizações Globo radicalizam ofensiva contra medida prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e investe pesado para igualar o fuso do Pará ao de Brasília e o do Acre e de parte do Amazonas ao do restante da Região Norte
Dias após a entrada em vigor dos dispositivos da Portaria 1.220/07 que determinam que as emissoras de TV adaptem suas transmissões aos diferentes fusos horários vigentes no país em função da classificação indicativa dos programas, as Organizações Globo radicalizaram a ofensiva contra a medida, prevista no Estatuto da Criança e Adolescente e na Constituição Federal. Antes da plena entrada em vigor da Portaria (foram cinco adiamentos), as emissoras tiveram 14 meses para se adequar às regras.
Com um dia de atraso, a Globo alterou a grade da programação nos estados da Região Norte e Centro-Oeste que possuem fuso horário diverso do adotado em Brasília, "atrasando" seus programas em uma hora. Mas, ao contrário do que deu a entender na última semana, a emissora investe pesado para derrubar a classificação indicativa em todo o país.
A cartada mais recente da emissora da família Marinho não é nada modesta: a alteração do fuso horário do Norte do país, igualando o fuso do Pará ao de Brasília e o do Acre e de parte do Amazonas ao do restante da Região Norte. A intenção é uma só: evitar "maiores danos" à grade de programação da emissora na região, agora já sob as obrigações da Portaria 1.220.
A tentativa de alteração do fuso horário brasileiro sem debate público não é nova, mas com a última onda de pressão sobre os parlamentares, e com a postura submissa destes em relação ao principal grupo de comunicação do país, o que parecia impossível tornou-se uma possibilidade real. Na noite da quarta-feira, 9/4, dois dias após a entrada em vigor da regra do horário local para a programação de TV, o Senado Federal aprovou em plenário o Projeto de Lei do senador Tião Viana (PT-AC) que altera o fuso horário nessas regiões.
Com a justificativa de que o projeto pretende "facilitar o transporte aéreo, as comunicações e a integração com o sistema financeiro nacional", o PL reduz o fuso horário do Acre e de 46 cidades do Amazonas. A diferença do horário da região em relação ao horário oficial de Brasília cairá de duas para uma hora. A proposta também atinge o estado do Pará, que ficará todo com o mesmo fuso horário de Brasília.
O projeto segue agora para sanção presidencial, que pode referendar o resultado da ofensiva global e, conseqüentemente, trazer mudanças de ordens diversas às populações das regiões afetadas.
A outra estratégia da ofensiva das Organizações Globo, sempre implementada por meio da Abert, é a ameaça da apresentação, por meio do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), de uma proposta de Decreto Legislativo para derrubar a Portaria 1.220. Não é a primeira vez que o senador é porta-voz da família Marinho: em junho do ano passado Virgílio apresentou proposta semelhante para revogar os efeitos da Portaria nº 264, antigo instrumento de regulação da classificação indicativa.
A Globo já havia procurado o Palácio do Planalto para tentar novo adiamento da entrada em vigor das regras, mas recebeu a notícia de que o diálogo deveria ser feito com o Ministério da Justiça. E este, por meio da Secretaria Nacional de Justiça, manteve o compromisso assumido junto ao Ministério Público Federal e às organizações da sociedade civil, refutando a possibilidade de novo adiamento.
A pressão, diga-se, é exclusiva da Globo, que se recusa a adequar sua grade de programação às faixas etárias mais baixas. Fosse isso feito (como por exemplo adequar a novela "das 8" às crianças de 10 anos), não seria necessário atrasar a programação dos estados da Região Norte, inclusive do Acre e de parte do Pará. Mas esse não é um preço que a emissora parece disposta a pagar.
Nas últimas semanas, a Abert utilizou politicamente uma pesquisa encomendada ao Ibope para afirmar que os cidadãos desses estados seriam contra a adequação da programação ao seu fuso horário. O conjunto dos dados da pesquisa, entretanto, não foram revelados, apesar da insistência deste Observatório junto ao Ibope. Mas a explicação é simples: o conjunto dos resultados evidencia que a população desses estados é majoritariamente favorável à classificação indicativa dos programas de televisão, e quer que as regras sejam respeitadas da mesma forma que nos estados do Sul e do Sudeste.
Segundo os poucos dados da pesquisa obtidos pelo Ministério Público Federal, apenas 6% dos entrevistados destas regiões disseram estar dispostos a adquirir antena parabólica em razão da adequação da programação televisiva à classificação indicativa.
EXERCÍCIOS – FUSO HORÁRIO
1) Que horas marcará um relógio na cidade de Rio Branco, quando em Brasília e Londres forem, respectivamente, 11 e 13 horas? Considerando o fuso horário antigo do Brasil.
2) (UFPR) A cidade de São Paulo está situada no fuso horário de 45º Oeste. Quando em São Paulo forem 13 horas, que horas será numa cidade localizada no fuso 75º Leste?
A) 5 horas
B) 11 horas
C) 15 horas
D) 19 horas
E) 21 horas
3) (UEL, 2006) Considere que um avião supersônico sai da cidade de Tóquio a 1h da manhã de um domingo com direção à cidade de Manaus – AM. A duração do vôo é de nove horas e a diferença de fuso horário de uma cidade a outra é de onze horas. Assinale a alternativa que apresenta corretamente o horário e o dia da semana da chegada desse avião na cidade de Manaus.
a) 22h do sábado
b) 23h do sábado
c) 01h do sábado
d) 10h do domingo
e) 12h do domingo
GABARITO
1) 9h
2) E
3) B
Para determinar o fuso horário foi utilizado como referência o movimento de rotação da Terra e o fato desta ser uma esfera, uma circunferência. Desse modo, considerando que a Terra demora 24h para realizar uma rotação completa em torno do seu eixo é possível dividi-la em 24 faixas representando cada hora do dia. Essas faixas são chamadas de fuso e cada fuso é definido por um meridiano.
Assim, os fusos são faixas definidas por meridianos onde se pode considerar a mesma hora oficial.
Lembrando ainda que a Terra é uma circunferência e por isso tem 360º ao todo, quando se divide o valor da sua circunferência pelas 24h de rotação completa tem-se que cada fuso abrange 15º.
Isso quer dizer que a cada hora que a Terra avança em seu movimento de rotação equivale a 15º de longitude.
Cada fuso é definido por um meridiano múltiplo de 15º, assim, 15º, 30º, 45º...180º. Esses meridianos não são o limite entre um fuso e outro, mas são o meio de um fuso. A partir de um fuso múltiplo de 15º, toma-se 7º30’ para leste e 7º30’ para oeste para então ter um fuso horário. (ver figura 4).
À leste do meridiano de Greenwich acrescenta-se uma hora, à oeste diminui-se uma hora. Essa contagem foi assim determinada a partir da rotação da Terra que é de oeste para leste, se vista de cima do Pólo Norte faz o movimento horário, mas se vista de cima do Pólo Sul faz movimento anti-horário. Mas é sempre de oeste para leste. Sendo assim o Sol nasce primeiro no leste, onde o dia começa primeiro, por isso diminuímos as horas para oeste e aumentamos para leste.
A passagem oficial do dia definida pela linha da Data é marcada pelo anti-meridiano de Greenwich (longitude 180º), que define os fusos (+) 12 e (-) 12, que é onde o dia terrestre começa oficialmente.
FUSO HORÁRIO: LIMITE TEÓRICO E LIMITE PRÁTICO
Os fusos horários não são seguidos rigorosamente, pois se fossem teríamos uma mesma cidade, região ou bairro com dois fusos horários diferentes. Como entraríamos num acordo para entrar no trabalho, por exemplo.
Devido a problemas como este, além de facilitar a comunicação regional ou mesmo mundial, os países foram criando fusos horários diferentes do limite teórico (comandado pelo Sol).
O Brasil por ser um país de grandes extensões possui 4 fusos horários teóricos, no entanto por questões políticas e sociais atualmente temos como limite prático apenas 3 fusos horários. Na figura 5 abaixo podemos observar como seria se o limite teórico fosse seguido e como era o limite prático antes da diminuição de um fuso horário pelo governo Lula no ano de 2006.
Segue os diferentes porquês apresentados para justificar a mudança de fuso horário no Brasil (preste atenção na origem de cada notícia):
Mudança no fuso horário de três estados entra em vigor em 60 dias
25/04/08 - 08h40 - Atualizado em 25/04/08 - 08h43 - do G1, em Brasília, com informações da TV Globo
Acre e Amazonas terão diferença de apenas uma hora em relação a Brasília.
Pará terá o mesmo horário da capital federal.
Senado reduz fuso horário do Acre em uma hora
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, sem vetos, o projeto de lei que reduz o fuso horário do Acre e de parte dos estados do Amazonas e do Pará.
Com a sanção, que aconteceu na quinta-feira (24), a diferença do horário do Acre em relação ao horário oficial de Brasília cairá de duas para apenas uma hora.
O estado do Amazonas, que tinha seis municípios com duas horas de diferença para Brasília, ficará todo com uma hora a menos em relação à capital. Já o estado do Pará ficará todo com o mesmo fuso horário de Brasília. Antes da mudança, parte do estado tinha uma hora a menos em relação à capital.
Um dos objetivos do projeto é permitir maior integração com o sistema financeiro do país, facilitar as comunicações e o transporte aéreo. O projeto é do senador Tião Viana (PT-AC). A lei, que foi publicada nesta sexta (25) no Diário Oficial da União, entrará em vigor em sessenta dias.
Os outros motivos da mudança de fuso horário no Brasil
24/06/08 - http://www.fotolog.com.br/planetadiario
Senado aprova novo fuso horário para Região Norte
Organizações Globo radicalizam ofensiva contra medida prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e investe pesado para igualar o fuso do Pará ao de Brasília e o do Acre e de parte do Amazonas ao do restante da Região Norte.Organizações Globo radicalizam ofensiva contra medida prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e investe pesado para igualar o fuso do Pará ao de Brasília e o do Acre e de parte do Amazonas ao do restante da Região Norte
Dias após a entrada em vigor dos dispositivos da Portaria 1.220/07 que determinam que as emissoras de TV adaptem suas transmissões aos diferentes fusos horários vigentes no país em função da classificação indicativa dos programas, as Organizações Globo radicalizaram a ofensiva contra a medida, prevista no Estatuto da Criança e Adolescente e na Constituição Federal. Antes da plena entrada em vigor da Portaria (foram cinco adiamentos), as emissoras tiveram 14 meses para se adequar às regras.
Com um dia de atraso, a Globo alterou a grade da programação nos estados da Região Norte e Centro-Oeste que possuem fuso horário diverso do adotado em Brasília, "atrasando" seus programas em uma hora. Mas, ao contrário do que deu a entender na última semana, a emissora investe pesado para derrubar a classificação indicativa em todo o país.
A cartada mais recente da emissora da família Marinho não é nada modesta: a alteração do fuso horário do Norte do país, igualando o fuso do Pará ao de Brasília e o do Acre e de parte do Amazonas ao do restante da Região Norte. A intenção é uma só: evitar "maiores danos" à grade de programação da emissora na região, agora já sob as obrigações da Portaria 1.220.
A tentativa de alteração do fuso horário brasileiro sem debate público não é nova, mas com a última onda de pressão sobre os parlamentares, e com a postura submissa destes em relação ao principal grupo de comunicação do país, o que parecia impossível tornou-se uma possibilidade real. Na noite da quarta-feira, 9/4, dois dias após a entrada em vigor da regra do horário local para a programação de TV, o Senado Federal aprovou em plenário o Projeto de Lei do senador Tião Viana (PT-AC) que altera o fuso horário nessas regiões.
Com a justificativa de que o projeto pretende "facilitar o transporte aéreo, as comunicações e a integração com o sistema financeiro nacional", o PL reduz o fuso horário do Acre e de 46 cidades do Amazonas. A diferença do horário da região em relação ao horário oficial de Brasília cairá de duas para uma hora. A proposta também atinge o estado do Pará, que ficará todo com o mesmo fuso horário de Brasília.
O projeto segue agora para sanção presidencial, que pode referendar o resultado da ofensiva global e, conseqüentemente, trazer mudanças de ordens diversas às populações das regiões afetadas.
A outra estratégia da ofensiva das Organizações Globo, sempre implementada por meio da Abert, é a ameaça da apresentação, por meio do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), de uma proposta de Decreto Legislativo para derrubar a Portaria 1.220. Não é a primeira vez que o senador é porta-voz da família Marinho: em junho do ano passado Virgílio apresentou proposta semelhante para revogar os efeitos da Portaria nº 264, antigo instrumento de regulação da classificação indicativa.
A Globo já havia procurado o Palácio do Planalto para tentar novo adiamento da entrada em vigor das regras, mas recebeu a notícia de que o diálogo deveria ser feito com o Ministério da Justiça. E este, por meio da Secretaria Nacional de Justiça, manteve o compromisso assumido junto ao Ministério Público Federal e às organizações da sociedade civil, refutando a possibilidade de novo adiamento.
A pressão, diga-se, é exclusiva da Globo, que se recusa a adequar sua grade de programação às faixas etárias mais baixas. Fosse isso feito (como por exemplo adequar a novela "das 8" às crianças de 10 anos), não seria necessário atrasar a programação dos estados da Região Norte, inclusive do Acre e de parte do Pará. Mas esse não é um preço que a emissora parece disposta a pagar.
Nas últimas semanas, a Abert utilizou politicamente uma pesquisa encomendada ao Ibope para afirmar que os cidadãos desses estados seriam contra a adequação da programação ao seu fuso horário. O conjunto dos dados da pesquisa, entretanto, não foram revelados, apesar da insistência deste Observatório junto ao Ibope. Mas a explicação é simples: o conjunto dos resultados evidencia que a população desses estados é majoritariamente favorável à classificação indicativa dos programas de televisão, e quer que as regras sejam respeitadas da mesma forma que nos estados do Sul e do Sudeste.
Segundo os poucos dados da pesquisa obtidos pelo Ministério Público Federal, apenas 6% dos entrevistados destas regiões disseram estar dispostos a adquirir antena parabólica em razão da adequação da programação televisiva à classificação indicativa.
EXERCÍCIOS – FUSO HORÁRIO
1) Que horas marcará um relógio na cidade de Rio Branco, quando em Brasília e Londres forem, respectivamente, 11 e 13 horas? Considerando o fuso horário antigo do Brasil.
2) (UFPR) A cidade de São Paulo está situada no fuso horário de 45º Oeste. Quando em São Paulo forem 13 horas, que horas será numa cidade localizada no fuso 75º Leste?
A) 5 horas
B) 11 horas
C) 15 horas
D) 19 horas
E) 21 horas
3) (UEL, 2006) Considere que um avião supersônico sai da cidade de Tóquio a 1h da manhã de um domingo com direção à cidade de Manaus – AM. A duração do vôo é de nove horas e a diferença de fuso horário de uma cidade a outra é de onze horas. Assinale a alternativa que apresenta corretamente o horário e o dia da semana da chegada desse avião na cidade de Manaus.
a) 22h do sábado
b) 23h do sábado
c) 01h do sábado
d) 10h do domingo
e) 12h do domingo
GABARITO
1) 9h
2) E
3) B
SECA NA AMAZONIA
Leiam sobre a seca na amazonia no site
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rio%20negro%20atinge%20menor%20nivel%20em%20mais%20100%20anos/n1237811076706.html
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rio%20negro%20atinge%20menor%20nivel%20em%20mais%20100%20anos/n1237811076706.html
AMAZONIA AZUL
AMAZONIA
A AMAZÔNIA LEGAL
O ecossistema da floresta equatorial - associado aos climas quentes e úmidos e assentado, na sua maior parte, no interior da bacia fluvial amazônica - permite delimitar uma região natural. Essa região é a Amazônia Internacional (ver figura 1), que abrange cerca de 6,5 milhões de quilômetros quadrados em terras de nove países.
Do ponto de vista do Estado contemporâneo, o exercício da soberania exige a apropriação nacional do território. As áreas pouco povoadas e caracterizadas pelo predomínio de paisagens naturais, especialmente quando adjacentes às fronteiras políticas, são consideradas espaços de soberania formal, mas não efetiva. A consolidação do poder do Estado sobre tais espaços solicita a sua "conquista": povoamento, crescimento econômico, desenvolvimento de uma rede urbana, implantação de redes de transportes e comunicações. O empreendimento de "conquista" envolve, portanto, um conjunto de políticas territoriais.
No Brasil, o estabelecimento de políticas territoriais coerentes associou-se à centralização política iniciada com a "revolução " de 1930 e desenvolveu-se no quadro da industrialização acelerada do pós-guerra. O planejamento regional na Amazônia foi deflagrado em 1953, com a criação da Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA).
Com a SPVEA surgiu a Amazônia Brasileira, que correspondia, grosso modo, à porção da Amazônia Internacional localizada em território brasileiro. Não era, contudo, uma região natural, mas uma região de planejamento, pois a sua delimitação decorria de um ato de vontade política do Estado. As regiões naturais são limitadas por fronteiras zonais, ou seja, por faixas de transição entre ecossistemas contíguos. As regiões de planejamento ao contrário, são delimitadas por fronteiras lineares, que definem rigorosamente a área de exercício das competências administrativas.
O planejamento regional para a Amazônia ganhou novo impulso após a transferência da capital federal e a construção da rodovia Belém-Brasília. Em 1966 o SPVEA era extinto e, no seu lugar, criava-se a Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). A lei que criou a Sudam redefiniu a Amazônia brasileira, que passava a se denominar Amazônia Legal (ver figura 2). A região de planejamento perfaz superfície de 5,2 milhões de quilômetros quadrados, ou cerca de 61% do território nacional, abrangendo nove estados brasileiros.
A "conquista" da Amazônia
As políticas territoriais para a Amazônia, sob o regime militar, concebiam a região como espaço de fronteira, num triplo sentido.
Na condição de fronteira política, o Grande Norte abrangia largas faixas pouco povoadas adjacentes aos limites do Brasil com sete países vizinhos. Essas faixas configuravam "fronteiras mortas", ou seja, áreas de soberania formal mas não efetiva do estado brasileiro. O empreendimento da "conquista" da Amazônia tinha a finalidade de construir as bases para o exercício do poder nacional nas faixas de fronteiras.
Na condição de fronteira demográfica, o Grande Norte deveria ser povoado por excedentes populacionais gerados no Nordeste e no Centro-Sul. As rodovias de integração - a Belém-Brasília, a Transamazônica, a Brasília-Acre e a Cuiabá-Santarém - destinavam-se a orientar os fluxos migratórios para a "terra sem homens".
Na condição de fronteira do capital, o Grande Norte deveria atrair volumosos investimentos transnacionais voltados para a agropecuária, a mineração e a indústria. Sob a coordenação da Sudam, a Amazônia Legal transformou-se em vasto cenário de investimentos incentivados por recursos públicos.
Os projetos minerais e industriais concentraram-se em Belém e seus arredores e na Zona Franca de Manaus (ZFM). Os projetos florestais e agropecuários, mais numerosos, concentraram-se no Mato Grosso e sobre o eixo da Belém-Brasília, abrangendo o Tocantins, o sul do Pará e o oeste do Maranhão. Os incentivos totalizavam, em geral, metade dos recursos necessários para os projetos agropecuários. O desmatamento e a formação de pastagens extensivas era classificado como benfeitoria, assegurando direito aos incentivos.
Em meados da década de 70, a Sudam passou a aprovar somente mega-projetos, em glebas gigantes. Sob essa política de incentivos, multiplicaram-se os latifúndios com áreas superiores a 300 mil hectares. Até 1985, mais de 900 projetos foram aprovados pela Sudam. A legislação vigente nesse período determinava que a devolução dos recursos públicos recebidos por projetos cancelados não envolveria juros ou correção monetária. Desse modo, em ambiente econômico inflacionário, abandonar projetos incentivados tornou-se negócio altamente lucrativo.
As políticas que orientaram a "conquista da Amazônia" geraram um conflito entre dois tipos de ocupação do espaço geográfico. O povoamento tradicional, gerado pelo extrativismo, consistia numa ocupação linear e ribeirinha, assentada na circulação fluvial e na rede natural de rios e igarapés. O novo povoamento consistia numa ocupação areolar, polarizada pelos núcleos urbanos em formação e pelos projetos florestais, agropecuários e minerais.
Esse conflito expressou-se, de um lado, como tensão social envolvendo índios, posseiros e grileiros. Desde a década de 1970, as disputas pela terra configuraram um "arco de violência" nas franjas orientais e meridionais da Amazônia (Bico do Papagaio, Rondônia, etc.).
De outro lado, o conflito expressou-se pela degradação progressiva dos ecossistemas naturais. Um "arco da devastação", que apresenta notáveis sobreposições com o "arco da violência", assinala os vetores da ocupação recente do Grande Norte. Nos estados de Tocantins, Pará e Maranhão, a devastação antrópica atinge formações de cerrados, da floresta Amazônica e da Mata dos Cocais. No Mato Grosso e Rondônia, manifesta-se com intensidade nos cerrados, na floresta Amazônica e nas largas faixas de transição entre esses dois domínios, onde se descortinam manchas de florestas com babaçu.
O planejamento em ação: Carajás
A Amazônia Oriental é constituída pelos estados do Pará, Amapá, Mato Grosso, Tocantins e pelo Oeste do Maranhão. Ela abrange as mais extensas áreas de modificação antrópica das paisagens naturais. Essas áreas concentram-se principalmente no estado de Mato Grosso e em torno do eixo de transportes formado pela Belém-Brasília e pela E. F. Carajás.
No final da década de 1950, a transnacional estadunidense U. S. Steel, por intermédio da sua subsidiária Companhia Meridional de Mineração, deflagrou um ambicioso plano de pesquisas na Amazônia, com a finalidade de descobrir reservas de manganês. A transnacional atuava numa moldura mais ampla, formada pelos acordos de cooperação técnica entre EUA e o Brasil, cuja raiz era o interesse de Washington de controlar fontes de matérias-primas industriais escassas.
A descoberta dos minérios da Serra dos Carajás deve-se a Breno Augusto dos Santos, um dos geólogos brasileiros contratados pela Companhia Meridional de Mineração. Em 1967, em meio a pesquisas de campo no Pará, o helicóptero que conduzia o geólogo pousou numa clareira de Serra Arqueada, que é parte da formação de Carajás. Ali, ele descobriu uma extensa camada superficial de hematita, que indicava o incomensurável potencial mineral da área. Nos dois meses seguintes, o reconhecimento de diversas clareiras sinalizou a presença da maior reserva de minério de ferro do mundo.
Então, o Estado brasileiro desencadeou uma operação destinada a implantar um vasto programa de desenvolvimento regional baseado nos fantásticos recursos naturais daquela província mineral. Em 1970, foi formado um consócio entre a CVRD e a U. S. Steel para a exploração dos minérios de Carajás. Sete anos depois, divergências entre os sócios e um certo desinteresse da transnacional pelas jazidas de ferro provocaram a dissolução do consórcio. Sob o controle da então estatal CVRD, era lançado o Programa Grande Carajás (PGC).
O PGC assinalou uma inflexão na economia e na organização do espaço geográfico do leste do Pará e no oeste do Maranhão. As grandes obras de infra estrutura construídas em poucos anos - a E. F. Carajás, através de 890 quilômetros, o Porto de Itaqui, capaz de receber graneleiros de até 280 mil toneladas, em São Luís, e a Hidrelétrica de Tucuruí, rio Tocantins - atraíram significativos fluxos migratórios e geraram o surgimento de diversos novos núcleos urbanos.
No coração do PGC estão as instalações de extração dos minérios, o terminal ferroviário de carga e os núcleos urbanos de Serra dos Carajás. A Vila de Carajás, no topo da serra, foi projetada para abrigar os funcionários da CVRD. Parauapebas, no sopé da serra, foi projetada para servir de residência à mão de obra temporária: os trabalhadores braçais que construíram os dois núcleos e as estradas de acesso. Ao lado do núcleo de Parauapebas, planejado para 5 mil habitantes, os fluxos migratórios impulsionaram o crescimento espontâneo do povoado de Rio Verde, que já abriga mais de 29 mil habitantes.
O Projeto Ferro Carajás é a ponta de lança do PGC. Gerenciado pela CVRD, ele produz cerca de 35 milhões de toneladas anuais de minério, exportadas principalmente para o Japão. Ao longo da ferrovia, foram aprovados diversos projetos de instalação de indústrias siderúrgicas primárias, de ferro-gusa e ferro-liga. Assim, embrionariamente, aparecem núcleos industriais nas áreas de Marabá (PA), nas proximidades das reservas de matérias primas, e nas áreas da Baixada Maranhense, nas proximidades do Porto de Itaqui.
Esses projetos beneficiam-se dos vastos excedentes regionais de mão de obra, inicialmente atraídos pelas grandes obras de infra estrutura e que hoje demandam empregos. Contudo, na falta de adequado planejamento dos impactos ambientais, tendem a gerar inúmeros focos de poluição do ar e dos rios. Além disso, em função da opção pelo uso de carvão vegetal para queima nos fornos siderúrgicos, a implantação dos núcleos industriais previstos deve acarretar aceleração do desflorestamento.
Extraído de www,pessoal.educacional.com.br
Acesso em 11/03/2010
O ecossistema da floresta equatorial - associado aos climas quentes e úmidos e assentado, na sua maior parte, no interior da bacia fluvial amazônica - permite delimitar uma região natural. Essa região é a Amazônia Internacional (ver figura 1), que abrange cerca de 6,5 milhões de quilômetros quadrados em terras de nove países.
Do ponto de vista do Estado contemporâneo, o exercício da soberania exige a apropriação nacional do território. As áreas pouco povoadas e caracterizadas pelo predomínio de paisagens naturais, especialmente quando adjacentes às fronteiras políticas, são consideradas espaços de soberania formal, mas não efetiva. A consolidação do poder do Estado sobre tais espaços solicita a sua "conquista": povoamento, crescimento econômico, desenvolvimento de uma rede urbana, implantação de redes de transportes e comunicações. O empreendimento de "conquista" envolve, portanto, um conjunto de políticas territoriais.
No Brasil, o estabelecimento de políticas territoriais coerentes associou-se à centralização política iniciada com a "revolução " de 1930 e desenvolveu-se no quadro da industrialização acelerada do pós-guerra. O planejamento regional na Amazônia foi deflagrado em 1953, com a criação da Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA).
Com a SPVEA surgiu a Amazônia Brasileira, que correspondia, grosso modo, à porção da Amazônia Internacional localizada em território brasileiro. Não era, contudo, uma região natural, mas uma região de planejamento, pois a sua delimitação decorria de um ato de vontade política do Estado. As regiões naturais são limitadas por fronteiras zonais, ou seja, por faixas de transição entre ecossistemas contíguos. As regiões de planejamento ao contrário, são delimitadas por fronteiras lineares, que definem rigorosamente a área de exercício das competências administrativas.
O planejamento regional para a Amazônia ganhou novo impulso após a transferência da capital federal e a construção da rodovia Belém-Brasília. Em 1966 o SPVEA era extinto e, no seu lugar, criava-se a Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). A lei que criou a Sudam redefiniu a Amazônia brasileira, que passava a se denominar Amazônia Legal (ver figura 2). A região de planejamento perfaz superfície de 5,2 milhões de quilômetros quadrados, ou cerca de 61% do território nacional, abrangendo nove estados brasileiros.
A "conquista" da Amazônia
As políticas territoriais para a Amazônia, sob o regime militar, concebiam a região como espaço de fronteira, num triplo sentido.
Na condição de fronteira política, o Grande Norte abrangia largas faixas pouco povoadas adjacentes aos limites do Brasil com sete países vizinhos. Essas faixas configuravam "fronteiras mortas", ou seja, áreas de soberania formal mas não efetiva do estado brasileiro. O empreendimento da "conquista" da Amazônia tinha a finalidade de construir as bases para o exercício do poder nacional nas faixas de fronteiras.
Na condição de fronteira demográfica, o Grande Norte deveria ser povoado por excedentes populacionais gerados no Nordeste e no Centro-Sul. As rodovias de integração - a Belém-Brasília, a Transamazônica, a Brasília-Acre e a Cuiabá-Santarém - destinavam-se a orientar os fluxos migratórios para a "terra sem homens".
Na condição de fronteira do capital, o Grande Norte deveria atrair volumosos investimentos transnacionais voltados para a agropecuária, a mineração e a indústria. Sob a coordenação da Sudam, a Amazônia Legal transformou-se em vasto cenário de investimentos incentivados por recursos públicos.
Os projetos minerais e industriais concentraram-se em Belém e seus arredores e na Zona Franca de Manaus (ZFM). Os projetos florestais e agropecuários, mais numerosos, concentraram-se no Mato Grosso e sobre o eixo da Belém-Brasília, abrangendo o Tocantins, o sul do Pará e o oeste do Maranhão. Os incentivos totalizavam, em geral, metade dos recursos necessários para os projetos agropecuários. O desmatamento e a formação de pastagens extensivas era classificado como benfeitoria, assegurando direito aos incentivos.
Em meados da década de 70, a Sudam passou a aprovar somente mega-projetos, em glebas gigantes. Sob essa política de incentivos, multiplicaram-se os latifúndios com áreas superiores a 300 mil hectares. Até 1985, mais de 900 projetos foram aprovados pela Sudam. A legislação vigente nesse período determinava que a devolução dos recursos públicos recebidos por projetos cancelados não envolveria juros ou correção monetária. Desse modo, em ambiente econômico inflacionário, abandonar projetos incentivados tornou-se negócio altamente lucrativo.
As políticas que orientaram a "conquista da Amazônia" geraram um conflito entre dois tipos de ocupação do espaço geográfico. O povoamento tradicional, gerado pelo extrativismo, consistia numa ocupação linear e ribeirinha, assentada na circulação fluvial e na rede natural de rios e igarapés. O novo povoamento consistia numa ocupação areolar, polarizada pelos núcleos urbanos em formação e pelos projetos florestais, agropecuários e minerais.
Esse conflito expressou-se, de um lado, como tensão social envolvendo índios, posseiros e grileiros. Desde a década de 1970, as disputas pela terra configuraram um "arco de violência" nas franjas orientais e meridionais da Amazônia (Bico do Papagaio, Rondônia, etc.).
De outro lado, o conflito expressou-se pela degradação progressiva dos ecossistemas naturais. Um "arco da devastação", que apresenta notáveis sobreposições com o "arco da violência", assinala os vetores da ocupação recente do Grande Norte. Nos estados de Tocantins, Pará e Maranhão, a devastação antrópica atinge formações de cerrados, da floresta Amazônica e da Mata dos Cocais. No Mato Grosso e Rondônia, manifesta-se com intensidade nos cerrados, na floresta Amazônica e nas largas faixas de transição entre esses dois domínios, onde se descortinam manchas de florestas com babaçu.
O planejamento em ação: Carajás
A Amazônia Oriental é constituída pelos estados do Pará, Amapá, Mato Grosso, Tocantins e pelo Oeste do Maranhão. Ela abrange as mais extensas áreas de modificação antrópica das paisagens naturais. Essas áreas concentram-se principalmente no estado de Mato Grosso e em torno do eixo de transportes formado pela Belém-Brasília e pela E. F. Carajás.
No final da década de 1950, a transnacional estadunidense U. S. Steel, por intermédio da sua subsidiária Companhia Meridional de Mineração, deflagrou um ambicioso plano de pesquisas na Amazônia, com a finalidade de descobrir reservas de manganês. A transnacional atuava numa moldura mais ampla, formada pelos acordos de cooperação técnica entre EUA e o Brasil, cuja raiz era o interesse de Washington de controlar fontes de matérias-primas industriais escassas.
A descoberta dos minérios da Serra dos Carajás deve-se a Breno Augusto dos Santos, um dos geólogos brasileiros contratados pela Companhia Meridional de Mineração. Em 1967, em meio a pesquisas de campo no Pará, o helicóptero que conduzia o geólogo pousou numa clareira de Serra Arqueada, que é parte da formação de Carajás. Ali, ele descobriu uma extensa camada superficial de hematita, que indicava o incomensurável potencial mineral da área. Nos dois meses seguintes, o reconhecimento de diversas clareiras sinalizou a presença da maior reserva de minério de ferro do mundo.
Então, o Estado brasileiro desencadeou uma operação destinada a implantar um vasto programa de desenvolvimento regional baseado nos fantásticos recursos naturais daquela província mineral. Em 1970, foi formado um consócio entre a CVRD e a U. S. Steel para a exploração dos minérios de Carajás. Sete anos depois, divergências entre os sócios e um certo desinteresse da transnacional pelas jazidas de ferro provocaram a dissolução do consórcio. Sob o controle da então estatal CVRD, era lançado o Programa Grande Carajás (PGC).
O PGC assinalou uma inflexão na economia e na organização do espaço geográfico do leste do Pará e no oeste do Maranhão. As grandes obras de infra estrutura construídas em poucos anos - a E. F. Carajás, através de 890 quilômetros, o Porto de Itaqui, capaz de receber graneleiros de até 280 mil toneladas, em São Luís, e a Hidrelétrica de Tucuruí, rio Tocantins - atraíram significativos fluxos migratórios e geraram o surgimento de diversos novos núcleos urbanos.
No coração do PGC estão as instalações de extração dos minérios, o terminal ferroviário de carga e os núcleos urbanos de Serra dos Carajás. A Vila de Carajás, no topo da serra, foi projetada para abrigar os funcionários da CVRD. Parauapebas, no sopé da serra, foi projetada para servir de residência à mão de obra temporária: os trabalhadores braçais que construíram os dois núcleos e as estradas de acesso. Ao lado do núcleo de Parauapebas, planejado para 5 mil habitantes, os fluxos migratórios impulsionaram o crescimento espontâneo do povoado de Rio Verde, que já abriga mais de 29 mil habitantes.
O Projeto Ferro Carajás é a ponta de lança do PGC. Gerenciado pela CVRD, ele produz cerca de 35 milhões de toneladas anuais de minério, exportadas principalmente para o Japão. Ao longo da ferrovia, foram aprovados diversos projetos de instalação de indústrias siderúrgicas primárias, de ferro-gusa e ferro-liga. Assim, embrionariamente, aparecem núcleos industriais nas áreas de Marabá (PA), nas proximidades das reservas de matérias primas, e nas áreas da Baixada Maranhense, nas proximidades do Porto de Itaqui.
Esses projetos beneficiam-se dos vastos excedentes regionais de mão de obra, inicialmente atraídos pelas grandes obras de infra estrutura e que hoje demandam empregos. Contudo, na falta de adequado planejamento dos impactos ambientais, tendem a gerar inúmeros focos de poluição do ar e dos rios. Além disso, em função da opção pelo uso de carvão vegetal para queima nos fornos siderúrgicos, a implantação dos núcleos industriais previstos deve acarretar aceleração do desflorestamento.
Extraído de www,pessoal.educacional.com.br
Acesso em 11/03/2010
MOVIMENTO DE ROTAÇÃO E COORDENADAS GEOGRÁFICAS
MOVIMENTO DE ROTAÇÃO
O movimento de rotação é o movimento que a Terra faz entorno do seu próprio eixo e a sua principal conseqüência é a definição dos dias e das noites. Esse movimento é realizado no sentido Oeste-Leste. Isso quer dizer que, em torno do seu eixo imaginário a Terra gira no sentido Oeste-Leste.
A associação do movimento de rotação ao movimento de translação e à inclinação do eixo da Terra diferencia a duração dos dias e das noites no decorrer do ano.
Na linha do Equador é onde ocorre a menor variação entre dias e noites, enquanto que os pólos são onde ocorre a maior variação, desse modo conclui-se que quanto maior a latitude maior a diferença.
COORDENADAS GEOGRÁFICAS
As coordenadas geográficas são de extrema importância para a localização e estudo da Terra, certamente muito utilizado na astronomia, geoprocessamento, sensoriamento remoto e outras tecnologias.
A palavra meridiano vem do latim e significa “sombra do meio-dia”, o conceito surgiu da observação que a projeção das sombras ao meio dia era a mais perfeita e apontava sempre para a mesma direção, que é sempre norte-sul ou vice-versa.
Assim convencionou-se que o meridiano é a linha que liga o Pólo Norte ao Pólo Sul e a continuação dessa linha no outro lado da esfera da Terra é o seu anti-meridiano.
O meridiano é medido em graus e divide a Terra em hemisfério Ocidental, à leste, e hemisfério Oriental, à oeste. O meridiano de Greenwich foi convencionado como referência do “centro do mundo”, sendo assim ele é o meridiano de 0º, enquanto que o seu antimeridiano é o de 180º. O antimeridiano de Greenwich é chamado de Linha Internacinal da Data –LID (Internacional Date Line – IDL), que atravessa o oceano Pacífico. Por convenção internacional esse meridiano é o que determina a mudança de data civil em todo o planeta.
Qualquer meridiano divide a Terra em leste e oeste, porém é o meridiano de Greenwich que será a nossa referência para determinar onde ficam os “orientais” (o oriente) e onde fica os “ocidentais” (o ocidente). E ainda, o meridiano de Greenwich é o marco zero para a medida dos meridianos, que é chamada de longitude.
Se você pensar que cada meridiano é uma linha que liga um pólo ao outro e se você tiver a uma distância X saindo do norte ou do sul em qualquer meridiano você terá um ponto equivalente em todos os outros meridianos. Se você unir esses pontos formará círculos completos e contínuos em torno da Terra, que não se encontraram em outro ponto, mas serão paralelos entre si.
Dessa forma, nós temos os paralelos que também são medidos em graus e tem como paralelo de referência a linha do Equador, que divide a Terra em Hemisfério Sul (Meridional ou Austral) e Hemisfério Norte (Setentrional ou Boreal). A medida dos paralelos é chamada de latitude, que representa o ângulo formado pela abertura entre o Equador e o ponto a ser medido.
Por fim, podemos citar como exemplo o município de São Paulo que se localiza na latitude de 23º32’51” S e na longitude 46º38’10” W.
EXERCICIOS
1) Sobre o movimento de translação da Terra, é falso afirmar:
a) As estações do ano ocorrem em função do movimento de translação e da inclinação de 23º27’ do eixo da Terra em relação ao Sol.
b) O eixo de inclinação da Terra estabelece linhas imaginárias, denominadas Trópico de Câncer no Hemisfério Sul e Tropico de Capricórnio no Hemisfério Norte.
c) Equinócio significa dias e noites iguais e ocorre em março e setembro, determinando respectivamente a primavera e o outono no Hemisfério Norte.
d) Solstício significa dias e noites extremamente desiguais e ocorre em junho e dezembro, determinando respectivamente o inverno e o verão no Hemisfério Sul.
e) A zona situada próximo ao Equador quase não apresenta diferenças na inclinação dos raios solares.
2) Quanto à incidência do Sol sobre a Terra é correto afirmar que:
a) No Ártico, no solstício de verão no Hemisfério Norte, o Sol só estará a pino no dia 21 de junho, ocasião do fenômeno do Sol da Meia-Noite.
b) Em Porto Alegre a sombra de um indivíduo desaparecerá ao meio-dia solar, no momento dos equinócios.
c) Em São Paulo, mais exatamente no local por onde passa o Trópico de Capricórnio, o Sol encontra-se a pino ao meio-dia, hora solar, no solstício de verão.
d) Na Antártida em nenhum momento haverá o Sol a pino ao meio-dia, em função da elevada altitude.
e) O Sol estará a pino somente uma vez ao ano nas cidades localizadas entre os trópicos.
3) (UFCE) Entre os elementos básicos das representações cartográficas estão as coordenadas geográficas. Sobre algumas de suas aplicações na cartografia está correto afirmar que:
a) são símbolos utilizados exclusivamente na confecção de mapas e cartas climáticas.
b) são sinais aplicados na delimitação de cotas altimétricas e batimétricas do relevo.
c) são referências gráficas que indicam áreas de mesma temperatura no globo terrestre.
d) servem para identificar zonas climáticas diferentes e constituem um sistema de orientação.
e) servem para relacionar a distância real com a distância gráfica expressa nos mapas.
GABARITO
1) B
2) C
2) Todos os dias, ao meio-dia, o Sol fica a pino, passando exatamente acima de nossas cabeças.
Costuma-se afirmar que ao meio-dia ficamos sem as nossas sombras, porque o Sol se coloca no alto do céu (Zênite), mas isso não é verdade. Dependendo da localização do observador, esse fenômeno poderá ocorrer em dois dias do ano, em apenas um, ou nunca.
Por que os trópicos são paralelos especiais? Porque delimitam na superfície terrestre uma região que pode ter o Sol na vertical. Cidades situadas entre os trópicos terão o Sol no Zênite em dois dias do ano. Cidades situadas exatamente num dos trópicos, terão o Sol no Zênite em apenas um dia do ano (início do verão). Cidades ao norte do Trópico de Câncer ou ao sul do Trópico de Capricórnio jamais terão o Sol no Zênite.
Uberlândia, por exemplo, está na região entre os trópicos. Nela, o Sol passa no Zênite no dia 17 de novembro (às 12:55 do horário de verão) e no dia 25 de janeiro (às 13:25 do horário de verão). São Paulo está situada no Trópico de Capricórnio e tem o Sol a pino no dia 22 de dezembro (às 13:02 do horário de verão). Porto Alegre, que está bem para fora da faixa dos trópicos, jamais terá o Sol exatamente no Zênite.
É claro que a trajetória do Sol no céu varia pouco de um dia para outro. Assim, se você quiser ver o Sol no Zênite para fazer testes com as sombras, é bom saber que o horário tem mais influência que a data. Se você perder a data, tente novamente no dia seguinte, no mesmo horário. Outro detalhe é que esses horários calculados são aproximados e variam um pouco, para mais ou para menos. Se a sua cidade estiver na região entre trópicos, tente descobrir quais os dias e os horários de ocorrência do Sol vertical, a cada ano.
3) D
O movimento de rotação é o movimento que a Terra faz entorno do seu próprio eixo e a sua principal conseqüência é a definição dos dias e das noites. Esse movimento é realizado no sentido Oeste-Leste. Isso quer dizer que, em torno do seu eixo imaginário a Terra gira no sentido Oeste-Leste.
A associação do movimento de rotação ao movimento de translação e à inclinação do eixo da Terra diferencia a duração dos dias e das noites no decorrer do ano.
Na linha do Equador é onde ocorre a menor variação entre dias e noites, enquanto que os pólos são onde ocorre a maior variação, desse modo conclui-se que quanto maior a latitude maior a diferença.
COORDENADAS GEOGRÁFICAS
As coordenadas geográficas são de extrema importância para a localização e estudo da Terra, certamente muito utilizado na astronomia, geoprocessamento, sensoriamento remoto e outras tecnologias.
A palavra meridiano vem do latim e significa “sombra do meio-dia”, o conceito surgiu da observação que a projeção das sombras ao meio dia era a mais perfeita e apontava sempre para a mesma direção, que é sempre norte-sul ou vice-versa.
Assim convencionou-se que o meridiano é a linha que liga o Pólo Norte ao Pólo Sul e a continuação dessa linha no outro lado da esfera da Terra é o seu anti-meridiano.
O meridiano é medido em graus e divide a Terra em hemisfério Ocidental, à leste, e hemisfério Oriental, à oeste. O meridiano de Greenwich foi convencionado como referência do “centro do mundo”, sendo assim ele é o meridiano de 0º, enquanto que o seu antimeridiano é o de 180º. O antimeridiano de Greenwich é chamado de Linha Internacinal da Data –LID (Internacional Date Line – IDL), que atravessa o oceano Pacífico. Por convenção internacional esse meridiano é o que determina a mudança de data civil em todo o planeta.
Qualquer meridiano divide a Terra em leste e oeste, porém é o meridiano de Greenwich que será a nossa referência para determinar onde ficam os “orientais” (o oriente) e onde fica os “ocidentais” (o ocidente). E ainda, o meridiano de Greenwich é o marco zero para a medida dos meridianos, que é chamada de longitude.
Se você pensar que cada meridiano é uma linha que liga um pólo ao outro e se você tiver a uma distância X saindo do norte ou do sul em qualquer meridiano você terá um ponto equivalente em todos os outros meridianos. Se você unir esses pontos formará círculos completos e contínuos em torno da Terra, que não se encontraram em outro ponto, mas serão paralelos entre si.
Dessa forma, nós temos os paralelos que também são medidos em graus e tem como paralelo de referência a linha do Equador, que divide a Terra em Hemisfério Sul (Meridional ou Austral) e Hemisfério Norte (Setentrional ou Boreal). A medida dos paralelos é chamada de latitude, que representa o ângulo formado pela abertura entre o Equador e o ponto a ser medido.
Por fim, podemos citar como exemplo o município de São Paulo que se localiza na latitude de 23º32’51” S e na longitude 46º38’10” W.
EXERCICIOS
1) Sobre o movimento de translação da Terra, é falso afirmar:
a) As estações do ano ocorrem em função do movimento de translação e da inclinação de 23º27’ do eixo da Terra em relação ao Sol.
b) O eixo de inclinação da Terra estabelece linhas imaginárias, denominadas Trópico de Câncer no Hemisfério Sul e Tropico de Capricórnio no Hemisfério Norte.
c) Equinócio significa dias e noites iguais e ocorre em março e setembro, determinando respectivamente a primavera e o outono no Hemisfério Norte.
d) Solstício significa dias e noites extremamente desiguais e ocorre em junho e dezembro, determinando respectivamente o inverno e o verão no Hemisfério Sul.
e) A zona situada próximo ao Equador quase não apresenta diferenças na inclinação dos raios solares.
2) Quanto à incidência do Sol sobre a Terra é correto afirmar que:
a) No Ártico, no solstício de verão no Hemisfério Norte, o Sol só estará a pino no dia 21 de junho, ocasião do fenômeno do Sol da Meia-Noite.
b) Em Porto Alegre a sombra de um indivíduo desaparecerá ao meio-dia solar, no momento dos equinócios.
c) Em São Paulo, mais exatamente no local por onde passa o Trópico de Capricórnio, o Sol encontra-se a pino ao meio-dia, hora solar, no solstício de verão.
d) Na Antártida em nenhum momento haverá o Sol a pino ao meio-dia, em função da elevada altitude.
e) O Sol estará a pino somente uma vez ao ano nas cidades localizadas entre os trópicos.
3) (UFCE) Entre os elementos básicos das representações cartográficas estão as coordenadas geográficas. Sobre algumas de suas aplicações na cartografia está correto afirmar que:
a) são símbolos utilizados exclusivamente na confecção de mapas e cartas climáticas.
b) são sinais aplicados na delimitação de cotas altimétricas e batimétricas do relevo.
c) são referências gráficas que indicam áreas de mesma temperatura no globo terrestre.
d) servem para identificar zonas climáticas diferentes e constituem um sistema de orientação.
e) servem para relacionar a distância real com a distância gráfica expressa nos mapas.
GABARITO
1) B
2) C
2) Todos os dias, ao meio-dia, o Sol fica a pino, passando exatamente acima de nossas cabeças.
Costuma-se afirmar que ao meio-dia ficamos sem as nossas sombras, porque o Sol se coloca no alto do céu (Zênite), mas isso não é verdade. Dependendo da localização do observador, esse fenômeno poderá ocorrer em dois dias do ano, em apenas um, ou nunca.
Por que os trópicos são paralelos especiais? Porque delimitam na superfície terrestre uma região que pode ter o Sol na vertical. Cidades situadas entre os trópicos terão o Sol no Zênite em dois dias do ano. Cidades situadas exatamente num dos trópicos, terão o Sol no Zênite em apenas um dia do ano (início do verão). Cidades ao norte do Trópico de Câncer ou ao sul do Trópico de Capricórnio jamais terão o Sol no Zênite.
Uberlândia, por exemplo, está na região entre os trópicos. Nela, o Sol passa no Zênite no dia 17 de novembro (às 12:55 do horário de verão) e no dia 25 de janeiro (às 13:25 do horário de verão). São Paulo está situada no Trópico de Capricórnio e tem o Sol a pino no dia 22 de dezembro (às 13:02 do horário de verão). Porto Alegre, que está bem para fora da faixa dos trópicos, jamais terá o Sol exatamente no Zênite.
É claro que a trajetória do Sol no céu varia pouco de um dia para outro. Assim, se você quiser ver o Sol no Zênite para fazer testes com as sombras, é bom saber que o horário tem mais influência que a data. Se você perder a data, tente novamente no dia seguinte, no mesmo horário. Outro detalhe é que esses horários calculados são aproximados e variam um pouco, para mais ou para menos. Se a sua cidade estiver na região entre trópicos, tente descobrir quais os dias e os horários de ocorrência do Sol vertical, a cada ano.
3) D
MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO
MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO
No movimento de translação (ver figura 1), ou seja, o movimento ao redor do Sol, a Terra percorre um caminho nomeado órbita. Essa órbita é elíptica e o sol está fora do centro desta elíptica. Por este motivo a órbita da Terra possui dois momentos: o Periélio, quando a Terra está mais próxima do Sol, e o Afélio, quando a Terra se encontra mais afastada do Sol.
A Terra realiza o movimento de translação em cerca de 365,242 dias e assim convencionou-se que um ano possui 365 dias, restando aproximadamente ¼ de dia por ano e por isso a cada 4 anos temos um ano bissexto, com um dia a mais para compensar esta diferença.
E ainda, o eixo imaginário da Terra NÃO é perpendicular ao plano da elíptica, mas é perpendicular a linha do Equador. (ver figura 1).
O movimento de translação somado à inclinação do eixo terrestre são responsáveis pela existência das 4 estações do ano. Se o eixo da Terra fosse perpendicular à elíptica receberia a mesma quantidade de raios solares e não teríamos as estações. (ver figura 1).
O solstício de verão na figura 1 está indicado para o hemisfério Sul no mesmo instante em que no hemisfério Norte ocorre o solstício de inverno. O solstício é o dia em que os raios solares incidem perpendiculares mais ao sul ou mais ao norte. Isso quer dizer que neste dia o Sol atingiu seu grau máximo de declinação ao Sul, ou seja, é o ultimo ponto Sul na superfície terrestre em que os raios solares vão incidir perpendicularmente. Esse ponto é o Trópico de Capricórnio e o Trópico de Câncer marca o ultimo ponto no hemisfério Norte. (ver figura 2)
Se pegarmos o hemisfério Sul como referência, o dia de solstício de verão será o mais longo, enquanto que no hemisfério Norte será o dia mais curto (solstício de inverno). Isso não quer dizer que o dia mais longo no Brasil será o mesmo em outro país.
A diferença entre a duração do dia e da noite varia conforme a latitude, quanto maior a latitude (mais distante da linha do equador) maior será a diferença. Assim, regiões como o Ártico, acima da linha do Circulo Polar, o verão possui dias com 24h de iluminação e no inverno há dias com 24h de escuridão. Enquanto que na linha do Equador essa variação é mínima e, praticamente o ano todo, os dias e as noites têm o mesmo tempo de duração.
O solstício de verão marca a entrada do verão no dia 22 de dezembro no hemisfério Sul e a entrada do inverno no hemisfério Norte, enquanto que o solstício de inverno inicia-se no hemisfério Sul no dia 20 de junho quando inicia o verão no hemisfério Norte. Nesse dia os raios solares incidem perpendicularmente ao Trópico de Câncer, no Pólo Norte não há noite e no Pólo Sul não há iluminação.
Os círculos polares marcam os pontos que tangenciam a Terra nos dias de solstício (ver figura 2), o Círculo Polar Ártico a 66º33’ de latitude N e o Circulo Polar Antártico a 66º33’ de latitude S (ver figura 2).
As regiões entre os trópicos e os círculos polares são chamadas de Zonas Temperadas e é onde os raios solares nunca incidem perpendicularmente. O Sol incide perpendicularmente somente entre os dois trópicos.
Conforme a Terra segue seu movimento de translação vai se posicionando de modo que a distribuição dos raios solares entre os hemisférios Norte e Sul se igualam e quando isso acontece temos o equinócio.
O equinócio sinaliza o momento da órbita terrestre em que a iluminação solar incide nos dois hemisférios igualmente, dessa forma os dias e as noites terão o mesmo tempo de duração em ambos os hemisférios. Ocorre no dia 21 de março, quando os raios solares incidem perpendicularmente na linha do Equador, e marca o equinócio de outono no hemisfério Sul e o equinócio de primavera no hemisfério Norte. No dia 22 de setembro ocorre o equinócio de primavera no hemisfério Sul e o equinócio de outono no hemisfério Norte.
No movimento de translação (ver figura 1), ou seja, o movimento ao redor do Sol, a Terra percorre um caminho nomeado órbita. Essa órbita é elíptica e o sol está fora do centro desta elíptica. Por este motivo a órbita da Terra possui dois momentos: o Periélio, quando a Terra está mais próxima do Sol, e o Afélio, quando a Terra se encontra mais afastada do Sol.
A Terra realiza o movimento de translação em cerca de 365,242 dias e assim convencionou-se que um ano possui 365 dias, restando aproximadamente ¼ de dia por ano e por isso a cada 4 anos temos um ano bissexto, com um dia a mais para compensar esta diferença.
E ainda, o eixo imaginário da Terra NÃO é perpendicular ao plano da elíptica, mas é perpendicular a linha do Equador. (ver figura 1).
O movimento de translação somado à inclinação do eixo terrestre são responsáveis pela existência das 4 estações do ano. Se o eixo da Terra fosse perpendicular à elíptica receberia a mesma quantidade de raios solares e não teríamos as estações. (ver figura 1).
O solstício de verão na figura 1 está indicado para o hemisfério Sul no mesmo instante em que no hemisfério Norte ocorre o solstício de inverno. O solstício é o dia em que os raios solares incidem perpendiculares mais ao sul ou mais ao norte. Isso quer dizer que neste dia o Sol atingiu seu grau máximo de declinação ao Sul, ou seja, é o ultimo ponto Sul na superfície terrestre em que os raios solares vão incidir perpendicularmente. Esse ponto é o Trópico de Capricórnio e o Trópico de Câncer marca o ultimo ponto no hemisfério Norte. (ver figura 2)
Se pegarmos o hemisfério Sul como referência, o dia de solstício de verão será o mais longo, enquanto que no hemisfério Norte será o dia mais curto (solstício de inverno). Isso não quer dizer que o dia mais longo no Brasil será o mesmo em outro país.
A diferença entre a duração do dia e da noite varia conforme a latitude, quanto maior a latitude (mais distante da linha do equador) maior será a diferença. Assim, regiões como o Ártico, acima da linha do Circulo Polar, o verão possui dias com 24h de iluminação e no inverno há dias com 24h de escuridão. Enquanto que na linha do Equador essa variação é mínima e, praticamente o ano todo, os dias e as noites têm o mesmo tempo de duração.
O solstício de verão marca a entrada do verão no dia 22 de dezembro no hemisfério Sul e a entrada do inverno no hemisfério Norte, enquanto que o solstício de inverno inicia-se no hemisfério Sul no dia 20 de junho quando inicia o verão no hemisfério Norte. Nesse dia os raios solares incidem perpendicularmente ao Trópico de Câncer, no Pólo Norte não há noite e no Pólo Sul não há iluminação.
Os círculos polares marcam os pontos que tangenciam a Terra nos dias de solstício (ver figura 2), o Círculo Polar Ártico a 66º33’ de latitude N e o Circulo Polar Antártico a 66º33’ de latitude S (ver figura 2).
As regiões entre os trópicos e os círculos polares são chamadas de Zonas Temperadas e é onde os raios solares nunca incidem perpendicularmente. O Sol incide perpendicularmente somente entre os dois trópicos.
Conforme a Terra segue seu movimento de translação vai se posicionando de modo que a distribuição dos raios solares entre os hemisférios Norte e Sul se igualam e quando isso acontece temos o equinócio.
O equinócio sinaliza o momento da órbita terrestre em que a iluminação solar incide nos dois hemisférios igualmente, dessa forma os dias e as noites terão o mesmo tempo de duração em ambos os hemisférios. Ocorre no dia 21 de março, quando os raios solares incidem perpendicularmente na linha do Equador, e marca o equinócio de outono no hemisfério Sul e o equinócio de primavera no hemisfério Norte. No dia 22 de setembro ocorre o equinócio de primavera no hemisfério Sul e o equinócio de outono no hemisfério Norte.
sábado, 30 de outubro de 2010
Dica de passeio: Estação Ciência
Uma dica interessante de passeio é a Estação Ciência da USP. A proposta do espaço é ser um centro de difusão (dinâmico e interativo) do conhecimento científico e tecnológico, de uma forma mais lúdica e prazerosa. No caso da disciplina de geografia podem-se visualizar, nesse espaço, temas que foram e serão tratados em aula, principalmente, nas áreas de ciências da terra e na exposição da Estação Natureza. Por exemplo, podem-se observar:
Para saber mais:
Bom passeio e bons estudos!
- A conformação do planeta Terra e da Lua;
- A estrutura interna da Terra;
- Fenômenos como vulcanismo, terremotos e tsunamis (através de simuladores);
- Fenômenos climáticos como o efeito estufa;
- Os tipos de rochas, solos e os processos de intemperismo;
- Maquetes sobre o ciclo hidrológico, o aquífero Guarani e as fontes de energia;
- As características das principais formações vegetais brasileiras.
Para saber mais:
Bom passeio e bons estudos!
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Dica de filme: Terra para Rose
A aula sobre a questão agrária brasileira está se aproximando, então segue como dica um documentário para que os alunos já possam se familiarizar e refletir sobre o tema: "Terra para Rose (Brasil, 1987, 84min. - Direção: Tetê Morais)." Neste premiado documentário registram-se imagens da organização dos trabalhadores sem terra do Rio Grande do Sul que esperavam pela liberação de terras desapropriadas para a reforma agrária desde 1972. Reflitam sobre as consequências socias da concentração de terras no Brasil, a influência política do agronegócio e a organização dos movimentos sociais do campo.
O documentário pode ser encontrado nas locadoras, mas quem preferir também pode assistí-lo na íntegra pela internet: http://video.google.com/videoplay?docid=-2684754857837321589#
Para os alunos que assitirem e se interessarem pela sequência da história e do contexto apresentado, também há uma continuação: "O Sonho de Rose - 10 Anos Depois (Brasil, 2001, 92min. - Direção Tetê Moraes; Narração: Lucélia Santos; Música: Chico Buarque)". Segue o link para também poder assistí-lo na íntegra pela internet: http://video.google.com/videoplay?docid=-2684754857837321589#docid=-7498913337340830747
Boa diversão e bons estudos!
O documentário pode ser encontrado nas locadoras, mas quem preferir também pode assistí-lo na íntegra pela internet: http://video.google.com/videoplay?docid=-2684754857837321589#
Para os alunos que assitirem e se interessarem pela sequência da história e do contexto apresentado, também há uma continuação: "O Sonho de Rose - 10 Anos Depois (Brasil, 2001, 92min. - Direção Tetê Moraes; Narração: Lucélia Santos; Música: Chico Buarque)". Segue o link para também poder assistí-lo na íntegra pela internet: http://video.google.com/videoplay?docid=-2684754857837321589#docid=-7498913337340830747
Boa diversão e bons estudos!
Dica de leitura: Página 22
Site interessante que aborda um tema amplamente debatido na atualidade: o conceito de sustentabilidade e suas várias dimensões (ambiental, socioeconômica, cultural). O contéudo do site e da revista "Página 22", publicada pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas, é disponibilizado de forma gratuíta no endereço eletrônico: http://pagina22.com.br/. Sendo assim, têm-se acesso a mais uma fonte de informações de qualidade (notícias, vídeos, artigos) sobre assuntos que podem aparecer nas questões do vestibular e na redação. Divirtam-se explorando o conteúdo da página e boa leitura!
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Dica de Leitura: Revista Unespciência
É importante que os vestibulandos mantenham-se atualizados. Para tal, sugere-se a Revista Unespciência, que traz reportagens interessantes sobre temas diversos. Chama-se a atenção para as matérias "O Código Florestal: o arredio da ciência" (link: http://www.unesp.br/aci/revista/ed13/novo-codigo-florestal) e "Pré-Sal: desafios científicos e ambientais" (link: http://www.unep.br/aci/revista/ed03/pdf/UC_03_presal01.pdf).
Boa leitura!
Boa leitura!
Dica de filme: "Home"
Segue a dica de um documentário interessante que aborda vários temas que foram e serão tratados em sala de aula, assim como assuntos para expandir o conhecimento e a reflexão. O documentário chama-se "Home" (União Européia, 2009, 93 min. - Direção: Yann Arthus-Bertrand) e aborda desde as origens da vida até os problemas socioambientais contemporâneos. Nesse sentido, questiona como as atividades humanas têm interferido, principalmente, nos últimos séculos, nas características da vida no planeta. Cabe ressaltar também as belas imagens e trilha sonora.
O documentário pode ser facilmente encontrado nas locadoras, mas segue o link para quem preferir assistí-lo pela internet: http://www.istosovideo.com/videos/3858/home-o-mundo-a-nossa-casa.html
O documentário pode ser facilmente encontrado nas locadoras, mas segue o link para quem preferir assistí-lo pela internet: http://www.istosovideo.com/videos/3858/home-o-mundo-a-nossa-casa.html
Revisões de diversos conteúdos, material de apoio, testes e provas on line: frequente a página sogeografia:
http://www.sogeografia.com.br/
http://www.sogeografia.com.br/
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Testes de População - ENEM
5. 2006 - O relatório anual (2002) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revela transformações na origem dos fluxos migratórios. Observa-se aumento das migrações de chineses, filipinos, russos e ucranianos com destino aos países membros da OCDE. Também foi registrado aumento de fluxos migratórios provenientes da América Latina.
No mapa anterior, estão destacados, com a cor preta, os países que mais receberam esses fluxos migratórios em 2002. As migrações citadas estão relacionadas, principalmente, a
a) ameaça de terrorismo em países pertencentes a OCDE.
b) política dos países mais ricos de incentivo a imigração.
c) perseguição religiosa em países muçulmanos.
d) repressão política em países do Leste Europeu.
e) busca de oportunidades de emprego.
6. 2006 - Nos últimos anos, ocorreu redução gradativa da taxa de crescimento populacional em quase todos os continentes. A seguir, são apresentados dados relativos aos países mais populosos em 2000 e também as projeções para 2050.
Com base nas informações acima, e correto afirmar que, no período de 2000 a 2050,
a) a taxa de crescimento populacional da China será negativa.
b) a população do Brasil duplicara.
c) a taxa de crescimento da população da Indonésia será menor que a dos EUA.
d) a população do Paquistão crescera mais de 100%.
e) a China será o pais com a maior taxa de crescimento populacional do mundo.
7. 2006 - Com base nas informações dos gráficos mostrados, suponha que, no período 2050-2100, a taxa de crescimento populacional da Índia seja a mesma projetada para o período 2000-2050. Sendo assim, no inicio do século XXII, a população da Índia, em bilhões de habitantes, será
a) inferior a 2,0.
b) superior a 2,0 e inferior a 2,1.
c) superior a 2,1 e inferior a 2,2.
d) superior a 2,2 e inferior a 2,3.
e) superior a 2,3.
8. 2008 - Os gráficos abaixo, extraídos do sítio eletrônico do IBGE, apresentam a distribuição da população brasileira por sexo e faixa etária no ano de 1990 e projeções dessa
população para 2010 e 2030.
A partir da comparação da pirâmide etária relativa a 1990
com as projeções para 2030 e considerando-se os processos de formação socioeconômica da população brasileira, é correto afirmar que
a) a expectativa de vida do brasileiro tende a aumentar na medida em que melhoram as condições de vida da população.
b) a população do país tende a diminuir na medida em que a taxa de mortalidade diminui.
c) a taxa de mortalidade infantil tende a aumentar na medida em que aumenta o índice de desenvolvimento humano.
d) a necessidade de investimentos no setor de saúde tende a diminuir na medida em que aumenta a população idosa.
e) o nível de instrução da população tende a diminuir na medida em que diminui a população.
9. 2009 - O movimento migratório no Brasil é significativo, principalmente em função do volume de pessoas que saem de uma região com destino a outras regiões. Um desses movimentos ficou famoso nos anos 80, quando muitos nordestinos deixaram a região Nordeste em direção ao Sudeste do Brasil. Segundo os dados do IBGE de 2000, este processo continuou crescente no período seguinte, os anos 90, com um acréscimo de 7,6% nas migrações deste mesmo fluxo. A Pesquisa de Padrão de Vida, feita pelo IBGE, em 1996, aponta que, entre os nordestinos que chegam ao Sudeste, 48,6% exercem trabalhos manuais não qualificados, 18,5% são trabalhadores manuais qualificados, enquanto 13,5%, embora não sejam trabalhadores manuais, se encontram em áreas que não exigem formação profissional.
O mesmo estudo indica também que esses migrantes possuem, em média, condição de vida e nível educacional acima dos de seus conterrâneos e abaixo dos de cidadãos estáveis do Sudeste.”
Com base nas informações contidas no texto, depreende-se que
a) o processo migratório foi desencadeado por ações de governo para viabilizar a produção industrial no Sudeste.
b) os governos estaduais do Sudeste priorizaram a qualificação da mão-de-obra migrante.
c) o processo de migração para o Sudeste contribui para o fenômeno conhecido como inchaço urbano.
d) as migrações para o sudeste desencadearam a valorização do trabalho manual, sobretudo na década de 80.
e) a falta de especialização dos migrantes é positiva para os empregadores, pois significa maior versatilidade profissional.
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