domingo, 20 de novembro de 2011

Breve Histórico da Evolução da Matriz Energética Brasileira



acessem este site é muito interessante e completo:

http://klebercaverna.blogspot.com/2011/05/aula-energia-no-brasil.html

Pará: Hidrelétrica em Marabá atingiria 40 mil ribeirinhos

http://www.forumcarajas.org.br/

Incidente Nuclear no Japão: Uma Análise Comparativa com as Usinas de Angra (Vejam um vídeo de Fukushima)

http://www.indignacaoecidadania.com/2011/03/incidente-nuclear-no-japao-uma-analise.html

Principais Usinas Hidrelétricas do Brasil

http://m.albernaz.sites.uol.com.br/principaisusinas.htm

Rios que alimentam o Pantanal podem ganhar 62 novas hidrelétricas

Esse é o número de projetos em construção ou estudo.
Quase todas são pequenas centrais que produzem pouca energia.

Do Globo Natureza, com informações do Jornal Nacional
21/04/2011

Queimadas, exploração agropecuária desordenada, pesca predatória - essas ameaças ao ecossistema do Pantanal são conhecidas. Hoje, no entanto, ambientalistas apontam para um problema novo: a construção de hidrelétricas na região.
As usinas tiram proveito da queda natural entre o Planalto Central do Brasil e a planície onde fica o Pantanal. Hoje já existem 37 barragens em rios que alimentam a região e mais 62 hidrelétricas estão em construção ou em estudos. Quase todas são pequenas centrais que produzem pouca energia.
O pesquisador Paulo Petry, de uma entidade internacional de proteção do meio ambiente, diz que as usinas alteram o regime anual de cheias e secas que é responsável pela biodiversidade do Pantanal. Ele compara os barramentos a coágulos na circulação sanguínea de uma pessoa.
Pesca afetada
O município de Barão do Melgaço já foi um dos maiores produtores de peixe de água doce do Pantanal. Os pescadores das margens do Rio Cuiabá tiravam os pintados, os pacus, que eram vendidos em vários estados do brasil. Já não é assim. Muita coisa mudou por aqui.
Os pescadores são unânimes: a construção de uma barragem rio acima provocou uma queda drástica na quantidade de peixes.
Eles não estão conseguindo mais chegar aonde eles chegavam antes e a água não tem mais as mesmas características quando eles sobem os rios. isso dificulta o processo de reprodução deles.
As secretarias de Meio Ambiente de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, responsáveis pela aprovação de quase todas as usinas da região, negam a existência de um grande impacto ambiental. E não pretendem barrar o plano de expansão das hidrelétricas.
“Nós precisamos de estudos cientificos, de algo concreto a fim de que possamos mudar procedimento, mudar os nossos roteiros e acompanhar como esta se desenvolvendo toda utilizaçao desta regiao do pantanal”, diz o secretário de Meio Ambiente de Mato Grosso, Alexander Maia.
“Até o momento, não existe nenhum estudo que indique enfim alguma coisa de alto risco, ou coisa que o valha”, afirma o secretário de Meio Ambiente de Mato grossso do Sul, Carlos Alberto Said Menezes.
Cachoeira
As usinas também são acusadas de destruir belezas naturais.
A cachoeira Sumidouro do Rio Correntes já foi a maior atração turística da cidade de Sonora. Mas a barragem Ponte de Pedra desviou 70% do volume de água para as comportas. Com apenas 30%, o lugar ainda é bonito, mas perdeu a antiga força natural que maravilhava os turistas que vinham de longe para conhecer este lugar.
“Foi discutido na época do projeto, todos sabiam que ia perder essa beleza natural, infelizmente é o preço que temos que pagar. Você nao consegue gerar energia eletrica se não aproveitar essa queda natural que existe”, diz o gerente de Meio Ambiente da usina, José Lourival Magri.

fonte: g1.globo.com.br

sábado, 19 de novembro de 2011

Governo prevê fim de novas hidrelétricas em 20 anos

29/04/2011

Por trás da manutenção de projetos nucleares no Brasil está o esgotamento, em apenas 20 anos, de novas fontes da tradicional energia hidrelétrica. As hidrelétricas respondem hoje por 85% da geração elétrica, mas a limitação de rios e o rigor cada vez maior com a preservação ambiental forçam o País a buscar novas alternativas, de acordo com o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.

"Daqui a 20 anos não teremos mais como construir usinas hidrelétricas. Não poderemos usar todo o potencial, mas algum, por limitações ambientais, como já está ocorrendo", afirma ao iG o responsável pelo planejamento energético do País durante o World Economic Forum, no Rio. Ele lembra que o governo mapeou outras usinas além de Belo Monte no rio Xingu, no Pará, mas voltou atrás por questões ambientais. Mais de 60% do potencial hidrelétrico está na região amazônica, "daí porque não poderemos aproveitar como gostaríamos".

Araguaia e Negro

Entre os rios que guardam potencial para abrigar hidrelétricas, segundo a EPE já mapeou, estão o Negro, em Manaus; Teles Pires, em Mato Grosso; Tapajós, no Pará; e o Araguaia, no Tocantins. "Vamos ter que conciliar necessidade de geração com preservaçao ambiental por isso o potencial será esgotado mais rapidamente".

A energia solar "entrará forte" na próxima década, segundo Tolmasquim. Até lá, segundo ele, o preço já estará bem mais viável e acessível ao consumidor brasileiro. Atualmente, a energia solar custa até cinco vezes mais que a eletricidade gerada por hidrelétricas. Cada MW/hora gerado a partir do sol custa entre R$ 450 e R$ 500, dependendo da tecnologia. A hidrelétrica não passa de R$ 100, cada MW/hora, enquanto o preço da eólica e da energia térmica é da ordem de R$ 140 e a nuclear, R$ 150. A energia térmica varia muito de preço, mas está na faixa da eólica.

Energia da biomassa e gerada por ventos também ganharão espaço no longo prazo, mas precisam de reforços de outras fontes, explica Tolmasquim. "Eólica não dá para substituir mas sim complementar porque só tem vento em determinadas épocas do ano e a biomassa depende também dos períodos de safra da cana-de-açúcar".

Nuclear como alternativa

"O País vai chegar num momento em que precisará de outras alternativas. Uma delas é a nuclear, não a única". Segundo ele, o governo vai acompanhar o debate sobre energia nuclear, levantado por vários países que dependem de usinas atômicas por causa do acidente nuclear das unidades de Fukushima, no Japão.

"Vamos ver novas questões de segurança, de custos de novas tecnologias, para ir tomando decisão, mas é pouco provável abrirmos mão dessa tecnologia". Ele reiterou que Angra 3 será construída e que o plano de erguer 4 novas usinas nucleares (menores que as atuais) no País também deverá ser mantido.

"Construir é maneira de aprender, de dominar tecnologia e formar gente especializada. Não seria muito sábio abandonar todo nosso conhecimento, toda a tecnologia que já dominamos e daqui a pouco, em 20 anos, descobrir que precisaremos dela e que a perdemos", afirmou.

fonte: http://www.correiodoestado.com.br/noticias/governo-preve-fim-de-novas-hidreletricas-em-20-anos_108919/